TECNOLOGIA

"Metaverso": entenda sobre a realidade aumentada que motivou mudança de nome do Facebook para ‘Meta’

O professor de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie Vivaldo José Breternitz explica que a ideia desse novo ambiente revolucionaria as relações interpessoais

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Julianna Valença

Publicado em 28/10/2021 às 16:33 | Atualizado em 28/10/2021 às 21:58
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Nesta quinta-feira (28) o cofundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg anunciou a mudança da identidade visual e nome de sua empresa para 'Meta'. A novidade é um passo da empresa no investimento do "metaverso" - termo popularizado na indústria cultural com obras clássicas como "Matrix" e que tem ganhado uma nova conotação no mundo dos negócios -. Mark que acredita que esse possa ser o futuro da internet.

>> Futuro da internet? Da indústria cultural para aposta multimilionária, "metaverso" ganha destaque após investimento do Facebook

Já imaginou usar um recurso que com apenas um toque você pudesse ir a qualquer lugar do mundo e participar de uma experiência real, como um jogo de futebol ou um passeio ao ar livre, com todas as funções táteis? A aposta ousada abraça a ideia de que pode haver ambiente virtual onde não hajam limitações físicas ou sensitivas.

 

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Na vida real, empresas multimilionárias apostam que este seja um espaço compartilhado na web que una o online e offline sem que as máquinas, como computadores, sejam um fator limitante para o acesso. - Freepik/Teddy

O professor de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie Vivaldo José Breternitz explica que a ideia desse novo ambiente revolucionaria as relações interpessoais, proporcionando experiências com alto grau de realismo. “O metaverso é um ambiente virtual, digital, mais amplo e com experiências mais sofisticadas. O usuário poderia entrar em uma espécie de holograma, em 3D e fazer muitas coisas táteis nesse ambiente visual como sexo, por exemplo”, afirma o especialista.

O que já se conhece como experiência 3D imersiva é a realidade virtual, no entanto, há diferenças desta para a nova idealização. “A realidade virtual é um componente do metaverso. Ao colocar um daqueles óculos, eu posso selecionar o que está acontecendo no Havaí, por exemplo, e me insiro. Em paralelo a isso, estaria a realidade aumentada, que com alguns elementos visuais eu poderia estar com outra pessoa real no Havaí. E aí você insere pessoas como componente do metaverso”, explica José Breternitz.

Empresas apostam em uma nova realidade virtual

Na vida real, a aposta das empresas multimilionárias é que este seja um espaço compartilhado na web que une o online e offline sem que as máquinas, como computadores, sejam um fator limitante para o acesso. Atualmente, as principais empresas que apostam no “metaverso” são o Facebook e a Microsoft.

A dona das redes sociais mais populares como Instagram, WhatsApp e Facebook, tem sido uma das principais apostadoras na realidade aumentada como tendência para o futuro. A multimilionária anunciou em setembro o investimento de US$ 50 milhões no projeto. Além também de abrir 10 mil empregos na Europa, que seriam focados no “metaverso”. 

Em julho, Mark Zuckerberg relatou ao The Verge que, nos próximos anos faria uma transição para que as pessoas os vissem como uma empresa de mídia social que passou a ser uma “empresa metaversa”. “Eu acho que isso vai ser uma grande parte do próximo capítulo para a maneira que a Internet evolui após a internet móvel, além de ser o próximo grande capítulo para nossa empresa também”, declarou o bilionário.

“O que percebemos é que o Facebook ganha dinheiro com publicidade e acesso, além de vender dados pessoais para empresas. Se ele criar um negócio desse, que é extremamente atraente, será muito lucrativo para ele”, afirma o professor de Computação e Informática.

Além da empresa de redes sociais, a criadora de softwares Microsoft também tem ambição no projeto. De acordo com o professor, a empresa pensa em vender um programa para outras empresas que poderiam criar seus próprios "metaversos".

 

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