Usuários das oito linhas de ônibus que deixaram de circular no Centro do Recife e passaram a fazer integração temporal na Avenida Caxangá com a linha BRT 2441-Av. Caxangá (BR-101)/Centro não têm previsão para usufruir plenamente das vantagens do serviço. Apesar de gastarem cerca de 30 minutos a menos fazendo a integração com a linha em vez de integrar com as convencionais, os passageiros com destino a Avenida Conde da Boa Vista só podem desembarcar em duas paradas provisórias e em horário restrito, das 5h às 12h – no sábado foi só até às 9h. E não há perspectivas de um atendimento completo.
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“Nosso levantamento indicou que os usuários das linhas convencionais levavam 70 minutos no percurso e os do BRT, 30 minutos a menos, por isso criamos a integração com o BRT. Ativamos as duas paradas provisórias (junto ao Shopping Boa Vista e à Rua da Soledade) porque 90% dos usuários desembarcam na Avenida Conde da Boa Vista, mas não temos condições de ampliar o horário porque os BRTs teriam redução da velocidade e iria faltar ônibus para cumprir as viagens”, explica o diretor de operações do Grande Recife Consórcio, André Melibeu.
Conforme o diretor, a falta de corredor exclusivo para o BRT em alguns pontos (como Camaragibe) e a obra da Estação Benfica (que começou em janeiro e tem previsão de seis meses para ficar pronta) está prendendo os coletivos em engarrafamentos. “A linha que vai de Camaragibe ao Derby está fazendo algumas viagens expressas para poder atender à demanda”, observa. Ao todo, há 99 BRTs em operação no Corredor Leste-Oeste, que liga Camaragibe a Recife.
Alterações
A mudança em oito linhas de ônibus (que integrou 27 mil usuários ao Sistema Estrutural Integrado) aconteceu nos dias 4 e 11. São elas: 413 Avenida do Forte, 415 Sítio das Palmeiras, 423 Engenho do Meio, 433 Brasilit, 416 Roda de Fogo, 421 Torrões, 422 Monsenhor Fabrício e 425 Barbalho (Detran). A integração temporal – feita dentro dos ônibus só com o cartão VEM – pode ser feita em até duas horas.
A reclamação tem sido grande. “Colocaram mais BRTs e ficou mais engarrafado. Eu gastava uns 20 minutos da Caxangá até o Centro, hoje gasto uns 40 minutos. E ainda desço na Avenida Guararapes e vou andando até Santo Amaro”, diz a babá Denisa Batista, 38.
Melibeu afirma que o serviço está em fase de ajustes e que os técnicos estão se esforçando para resolver os problemas provocados pelo Corredor Leste-Oeste não estar concluído. A obra era prevista para a Copa de 2014.