Únicos sobreviventes do carro atingido por um motorista bêbado, no último domingo (26), no bairro da Tamarineira, Zona Norte do Recife, a menina Marcela, de 5 anos, e seu pai, Miguel Filho, de 46, apresentam quadro de saúde estável nesta sexta-feira (1º). A informação foi confirmada por uma familiar, que prefere não ser identificada.
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No último boletim divulgado, na quinta-feira (30), pelo Hospital Santa Joana, onde os dois estão internados, a informação é de que tanto a menina quanto o homem haviam progredido. Marcela Guimarães da Motta Silveira ainda estava internada na UTI pediátrica da unidade de saúde, mas havia apresentava melhora no quadro neurológico. Ela foi admitida com quadro de traumatismo cranioencefálico (TCE).
O seu pai, Miguel, segundo nota do Santa Joana divulgada ontem, estava internado no CTI com traumas no tórax e no abdômen, apesar de encontrar-se consciente e respirante de forma espontânea. Tanto ele quando sua filha apresentam o mesmo quadro clínico, de acordo com a familiar.
Neste sábado (2), às 19h30, haverá um "ato pela vida", organizado pela ONG Novo Jeito, na Zona Norte do Recife.
O acidente
A colisão ocorreu depois que João Victor Ribeiro de Oliveira Leal, 25, que havia ingerido bebida alcoólica, conduziu em alta velocidade um Ford Fusion, avançou o sinal vermelho e atingiu o SUV Toyota RAV4 onde estavam as vítimas, no cruzamento da Avenida Rosa e Silva com a Rua Cônego Barata. O acusado, durante audiência de custódia, realizada nesta segunda-feira (27), afirmou que havia bebido desde as 13h no dia do acidente e não sabia precisar para onde estava indo.
Morreram no acidente a mãe de Marcela, Maria Emília Guimarães, de 39 anos, o irmão da garota, Miguel Neto, 3 anos, e a babá, Roseane Maria de Brito, 23 anos, que estava grávida de três meses. O pai das crianças, Miguel Filho Motta, 46 anos, soube da morte das vítimas nessa terça, após acordar.
Motorista bêbado
João Victor de Oliveira Leal, que está preso preventivamente, pode ter a pena revertida para um tratamento em clínica de recuperação para dependentes químicos. É o que pede o advogado de defesa, Manoel Marcos Soares de Almeida, em protocolo na 1ª Vara do Tribunal do Júri, na quinta-feira (29). João Victor havia alegado que é dependente químico.
Poucas horas antes do acidente trágico, ele seu mais dois amigos beberam um litro de uísque, de acordo com esses dois colegas em depoimento. Segundo eles, os três saíram de Olinda, na tarde do domingo (29), onde já estariam bebendo, e foram para uma festa no bairro Santana, na Zona Norte do Recife.
João Victor permanece preso preventivamente até a próxima quarta-feira (6), fim do prazo.