Um dos suspeitos de ter participado do assalto a frequentadores do Grupo Espírita Amor ao Próximo (GEAP), em Piedadde, Jaboatão dos Guararapes, confirmou a participação no crime, que vitimou fatalmente 4 pessoas e disse não saber quem atirou nele. A troca de tiros no local, na última quarta-feira (5), foi iniciada após um policial militar e outra pessoa, conforme a polícia, terem disparado contra os bandidos.
Leia Também
- Centro espírita se manifesta após ação que resultou em mortes em sua sede
- ''O local não era adequado'', diz palestrante sobre reação policial em centro espírita
- ''Homem no salão atirou'', diz marido de professora morta em centro espírita
- ''Ela morreu em nossos braços'', desabafa marido de mulher morta em centro espírita
- 'Ela morreu em paz, nos meus braços', diz marido sobre ação em Centro Espírita
Jeferson Gonçalo da Silva, 21 anos, estava internado no Hospital Getúlio Vargas, Zona Oeste do Recife, desde o dia do assalto."Eu cheguei de moto, mas não estava armado. Eu recolhia os celulares quando começou os tiros. Deixei tudo lá (no centro espírita) e pulei do primeiro andar. Não sei quem atirou em mim", comentou. O jovem também afirmou só conhecer Kleiton e Felipe (os dois que morreram na troca de tiros), em entrevista à TV Jornal.
Após receber alta, Jeferson foi encaminhado para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde prestou depoimento. Ele foi autuado em flagrante por latrocínio, roubo seguido de morte, e será encaminhado, nesta segunda-feira (10), para a audiência de custódia.
Além dos suspeitos mortos durante a investida, também faleceram o cabo Alexandro Alves de Melo, 40, e a frequentadora do GEAP Luisiania de Barros Correia Nunes, 57.
Polícia
Em nota divulgada nessa quinta-feira (6), baseando-se ainda em informações "iniciais", a PCPE afirmou que o cabo Alexandro "foi executado de forma covarde quando tentou proteger sua vida e de outras pessoas que estavam no centro", mas não detalhou como o cabo teria agido para realizar essa proteção. Ainda segundo o texto divulgado mais de 20 horas após o crime, "outro policial, também estaria presente, quando teria escutado os disparos do primeiro andar do Grupo Espírita, e teria descido, entrando em confronto com os assaltantes". Com os tiros, Cleiton Fiorentino de Oliveira, de 23 anos, e Felipe Lima Ferreira da Silva, 18, tentaram fugir, mas caíram mortos na rua do centro.