Foi confirmada a infecção por raiva como causa da morte de Adriana Vicente da Silva, de 36 anos. De acordo com o gerente do Centro de Vigilância Ambiental do Recife, Jurandir Almeida, os elementos encontrados nas amostras de folículo piloso e saliva da empresária, dona de um pet shop, são da cepa de morcego hematófago (que se alimenta de sangue). "É provável que o morcego infectado tenha entrado em contato com o gato, que transmitiu a doença para a mulher", explicou o gerente.
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Segundo o gerente, existe o ciclo urbano e o silvestre de contaminação por raiva. Ocasionalmente, a cepa silvestre invade a urbana, apesar de há 12 anos não existir infecção por raiva urbana. “Os sintomas são os mesmos, o que muda é o enfrentamento. No caso do morcego, é feita a busca por abrigamento desses animais”, pontuou.
Ele explica que a procura ocorre em móveis abandonados, criatórios. “Identificando criatórios, instalamos redes, identificamos espécies, enviamos para o laboratório para saber se ele está infectado ou não. Caso seja hematófago, devolvemos para a natureza com uma pasta vampiricida para exterminar a colônia”, detalha.
Cerco aos morcegos
Ele alerta que a população deve entrar em contato com o CVA ao perceber presença o comportamento estranhos de morcegos em determinados locais. "Morcegos durante o dia e ao chão não são situações normais", disse. Para entrar em contato com o CVA, o número é 08002811520.
A Secretaria de Saúde do Recife também confirmou que continua o período de vacinação em cães e gatos no perímetro de 5 Km de onde Adriana foi mordida pelo gato. Até agora já foram visitadas 1200 casas. A pasta também informa que a partir dessa segunda (03), vai começar uma busca por morcegos na região.
