O desempenho do atacante Augusto no retorno ao Santa Cruz contra o Confiança mostrou que ele pretende escrever uma nova história com a camisa coral. Depois de mais de um mês fora de campo, se recuperando da segunda lesão muscular na temporada na coxa direita, o jogador voltou a vestir a camisa tricolor. Entrou com todo gás e marcou um dos gols da goleada por 4x1. E se a pontaria estivesse mais afiada teria balançado as redes outra vez. Assim, teve o nome gritado pela torcida.
Augusto foi contratado após o final da Copa do Nordeste do ano passado, depois de se destacar no Campinense. A aposta alta do Santa Cruz rendeu um contrato até do ano de 2019. No entanto, o atacante não conseguiu ter uma sequência na Série B do Campeonato Brasileiro, foi pouco utilizado durante a competição e só voltou a aparecer quando o rebaixamento para Terceira Divisão era uma realidade no Arruda.
Um dos grandes problemas de Augusto, desde que desembarcou no Recife para defender o Santa Cruz, foi uma lesão na coxa direita. Ele voltou a sentir a contusão no mesmo local, neste ano, contra o América, no dia 21 de janeiro, e cerca de um mês depois contra o Pesqueira. O próprio chegou a revelar publicamente a tristeza pelas repetidas idas ao departamento médico devido ao mesmo problema.
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Quando o técnico Júnior Rocha chegou ao Santa Cruz, nesta temporada, Augusto era um dos poucos remanescentes ao lado do lateral-direito Vitor e dos garotos da base. Além disso, a desconfiança girava em torno do aproveitamento do atacante em 2018. Para a alegria de todos os que fazem o futebol do Santa Cruz, o atleta surpreendeu e hoje é uma peça que o treinador conta para este ano.
Júnior Rocha se mostrou feliz com o retorno do atacante e frisou que ele tem muito o que melhorar. “É um atleta que muitos, no começo, duvidavam se ele iria conseguir treinar na intensidade que gosto. E para surpresa de todos, foi um dos que se adaptou mais rápido ao modelo de jogo. Tem muito o que melhorar. Às vezes, se desliga um pouco e é preciso ficar no pé para cumprir bem a função, mas é algo normal. É um dos mais rápidos e se adaptou muito bem. Para mim, não é uma surpresa. Tem mais o que mostrar e evoluir na equipe”, afirmou o treinador.
VAIAS
O técnico do Santa Cruz disse ainda que ficou sem entender no começo o motivo das vaias que Augusto recebia quando entrava em campo. “No início, fui procurar saber o motivo da torcida vaiar ele em campo. Estava surpreso. Ele com muita humildade buscou a reviravolta e saiu aplaudido contra o Confiança. Particularmente gosto muito dele”, declarou o comandante coral sobre o jogador.