A sala da casa do empresário Eike Batista, incluído na lista vermelha da Interpol, é decorada com um item inusitado, que revela a vida de ostentação levada pelo ex-bilionário: um Lamborghini Aventador, avaliado em R$ 2,5 milhões.
O veículo, fabricado em 2012, tem potência de 700 cavalos, alcança até 350 km/h e chega do zero aos 100 km/h em apenas 2,9 segundos. A apreensão foi realizada como parte das ações executadas pela Operação Eficiência, desdobramento da Lava Jato em solo carioca que investiga Eike Batista e o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, por crimes de lavagem de dinheiro. As investigações apontam que aproximadamente US$ 100 milhões (cerca de R$ 340 milhões) foram ocultados no exterior.
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O delegado Tácio Muzzi, titular da delegacia de Combate à Corrupção (Delecor), revelou em entrevista à Revista Veja que outros outros veículos do empresário também foram apreendidos, mas que o balanço ainda não foi fechado. Apesar da apreensão, os carros continuam na casa do empresário, nomeado fiel depositário dos bens. Os veículos apenas estao bloqueados e não podem ser vendidos.
Em 2015, a Polícia Federal apreendeu outros bens excêntricos do empresário, já considerado o oitavo homem mais rico do mundo. Entre eles, 16 relógios, esculturas, pianos, outros cinco veículos e até motores para lanchas.
Na época, o Ministério Público Federal determinou o bloqueio de até R$ 3 bilhões em bens e ativos financeiros de Eike Batista, após ele ter realizado transferências de imóveis para os filhos. De acordo com o ministério, essa seria uma manobra para evitar irregularmente perda de patrimônio.
Entenda a fortuna de Eike Batista.
Interpol
Eike Batista foi incluído na lista de difusão vermelha da Interpol. Ou seja, ele pode ser preso por qualquer força policial do país em que esteja. A notícia foi divulgada pela Globo News na tarde desta quinta-feira (26). Eike é considerado foragido da Justiça.
A prisão de Eike Batista foi decretada na manhã desta quinta-feira (26), pela Polícia Federal no âmbito da Operação Eficiente. Ele é alvo de investigação por ter participado de um esquema de lavagem de dinheiro de obras públicas e enviado para o exterior, usando contas de paraíso fiscais do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. A operação é o primeiro desdobramento da Lava Jato neste ano.
Todas as diligências tiveram origem nos desdobramentos da investigação sob tutela do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, que decretou a prisão do Eike por considerar que ele mentiu ao prestar depoimento no Ministério Público Federal (MPF). De acordo com as apurações, o empresário pagou US$ 16,5 milhões (cerca de R$ 52 milhões) em propina a Sérgio Cabral em troca de felicitações para fechar contratos públicos no Rio.
Sem curso superior, Eike Batista poderá ficar em cela comum.