Estados Unidos

Flynn, ex-conselheiro de Trump, recebeu mais de US$ 50 mil de grupos russos

Flynn pediu demissão do cargo de conselheiro de Segurança Nacional em fevereiro após a revelação de repetidos contatos com o embaixador russo nos EUA

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Publicado em 16/03/2017 às 22:58
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Flynn pediu demissão do cargo de conselheiro de Segurança Nacional em fevereiro após a revelação de repetidos contatos com o embaixador russo nos EUA - FOTO: MANDEL NGAN / AFP
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Michael Flynn, ex-conselheiro de Segurança Nacional do presidente americano, Donald Trump, recebeu mais de 50.000 dólares em 2015 de três empresas russas ou vinculadas com a Rússia, segundo documentos publicados nesta quinta-feira no Congresso.

General da reserva e diretor de inteligência militar sob a administração de Barack Obama, Flynn recebeu 33.750 dólares por ter participado de uma festa de aniversário da emissora Russia Today, próxima ao Kremlin, em dezembro de 2015.

Já era sabido da sua participação neste evento, em que ficou sentado ao lado do presidente Vladimir Putin durante o jantar, mas o montante de sua remuneração era desconhecido até o momento.

Funcionários democratas da comissão de investigação permanente da Câmara de Representantes obtiveram e publicaram vários documentos, como mensagens, recibos e um cheque, que revelam o montante da transação, assim como gastos de transporte e de hospedagem que também foram pagos.

As regras do Departamento de Defesa proíbem que seus oficiais, inclusive os da reserva, recebam dinheiro de governos estrangeiros.

Flynn também foi remunerado com 11.250 dólares, em agosto de 2015, pela companhia aérea russa Volga-Dnepr, e com outros 11.250 dólares, em outubro do mesmo ano, pela filial americana da grande empresa russa de cibersegurança Kaspersky Lab.

O militar se tornou um dos conselheiros próximos do candidato Trump durante a campanha das primárias presidenciais republicanas em 2016.

Flynn também recebeu 530.000 dólares por atividades de lobby em benefício da Turquia entre agosto e novembro de 2016, época que aconselhava Trump.

Foi nomeado conselheiro de Segurança Nacional em novembro, mas pediu demissão em 13 de fevereiro, depois da revelação de repetidos contatos com o embaixador russo nos Estados Unidos sobre as sanções de Washington contra Moscou.

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