INGLATERRA

A busca desesperada de pais e filhos após atentado em Manchester

A angústia dominava, nesta terça-feira (23), pais e filhos que não conseguiram se reencontrar após o atentado no final de um show de Ariana Grande

AFP
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AFP
Publicado em 23/05/2017 às 9:42
Foto: Paul Ellis/AFP
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A angústia dominava nesta terça-feira (23) pais e filhos que não conseguiram se reencontrar após o atentado na Manchester Arena, executado ao final de um show da cantora pop Ariana Grande lotado de adolescentes. O ataque foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico.

As redes sociais estavam repletas de pedidos de ajuda para encontrar parentes. No hotel Holiday Inn, vizinho à Manchester Arena, mais de 40 jovens aguardavam por seus pais após o ataque de segunda-feira à noite, executado por um homem-bomba e que deixou 22 mortos e 59 feridos.

Charlotte Campbell afirmou a vários canais de TV que não conseguia encontrar a filha Olivia, de 15 anos.

"Tudo o que sei é que estava na Manchester Arena com uma amiga assistindo a Ariana Grande e ainda não apareceu", disse ao programa Good Morning Britain

"Não consigo entrar em contato com ela. Liguei para hospitais, para todos os lugares, os hotéis onde afirmaram que as crianças estavam esperando".

"Liguei para a polícia. Não há notícias, tenho que esperar. Estou em casa se ela aparecer", completou.

As vítimas foram levadas para oito hospitais da cidade, explicou a polícia. Os parentes aguardam por notícias sobre o estado de saúde, ao mesmo tempo que as unidades pediátricas recebem doações de sangue em meio ao fluxo intenso de pessoas.

Foto: Paul Ellis/AFP
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Foto: OLI SCARFF / AFP
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"Obrigado por pensar em doar sangue neste momento", disse Mike Stredder, diretor de doações de sangue da região. 

"No momento temos todo o sangue necessário para os pacientes", completou, antes de pedir que as pessoas mantenham o compromisso de doação nos próximos dias, "particularmente no caso do grupo O negativo."

No estádio Etihad, sede do clube de futebol Manchester City e próximo ao local do show, as autoridades instalaram um centro de recepção de vítimas e parentes. No local era possível observar o reencontro emocionante de algumas pessoas.

Duas mulheres levaram doces e revistas para as crianças.

Hayley Adamson, 23 anos, e Poppy Conlon, 25, proprietárias de serviço de catering, responderam assim a um apelo de uma rádio.

"Nós trouxemos comida, revistas, doces, chocolates, batatas fritas, sanduíches, qualquer coisa para as crianças", explicaram, antes de informar que deixaram tudo na recepção e não tiveram acesso às famílias.

Redes sociais

Muitos usavam as redes sociais para buscar informações de parentes.

"Meu irmão continua desaparecido. Independente de como isto acabar, estarei aqui, ao lado da minha cidade. Não há nada mais que possamos fazer, exceto ficar juntos hoje", escreveu Dan Hett (@danhett) sobre seu irmão Martin, antes de pedir doações de sangue.

Um casal de adolescentes, Liam Curry e a namorada, seguem desaparecidos.

O primo do jovem afirmou à rádio Heart que "Liam perdeu o pai há alguns meses, então faziam coisas para superar o luto, como ir ao show".

"Todo mundo acreditava que teriam um momento feliz, até que acordamos esta manhã", disse.

Um amigo do casal, Dawn Finnigan, escreveu no Twitter: "Saíram pouco antes da última canção de Ariana Grande, seguindo alguém que estava atrás deles".

Lauren Dale também usou a rede social: "A amiga de minhã mãe Alison Howe e sua amiga continuam desaparecidas após o atentado na Manchester Arena na noite passada. Por favor, entrem em contato se ouvirem algo".

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