O Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar de Pernambuco não se chamará Bope, como em outros estados. Uma emenda modificativa do deputado Edilson Silva (PSOL) aprovada na Comissão de Cidadania e Direitos Humanos inclui um "Independente" no nome do órgão, transformando em Biope. O deputado do PSOL vinha tratando a criação do Bope como uma jogada de marketing do governo do Estado.
A emenda muda muito pouco, mas serviu para aditar a votação do projeto que cria o batalhão, que ocorreria nesta quarta-feira (24). Como o regimento interno da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) prevê que toda emenda seja publicada no Diário Oficial antes de ser apreciada pelo plenário, a votação foi adiada. A proposta tramita em regime de urgência.
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Na justificativa para mudar o nome do batalhão, Edilson argumentou que o Bope é associado a atos de violência e truculência nas ações policiais. O líder do governo, Isaltino Nascimento (PSB), não viu problema na mudança do nome. O batalhão surgirá a partir da estrutura da Companhia Independente de Operações Especiais (CIOE).
MUDANÇAS REJEITADAS
Presidente da Comissão de Cidadania, Edilson escolheu a si mesmo como relator da proposta. Além de mudar o nome do Bope, ele também propôs retirar do texto o trecho que dizia que os policiais poderiam estender a jornada nas operações especiais e incluir diretrizes para a concessão das gratificações instituídas pelo governo com os recursos do Programa de Jornada Extra de Segurança (Pjes). As duas propostas foram rejeitadas pelo governo, que tem maioria na comissão.
Ainda não há previsão de quando a proposta que (agora) cria o Biope voltará para a pauta do Legislativo estadual. Em tese, o texto pode ser votado já nesta quinta-feira (25); embora as sessões das quintas sejam usadas mais para apreciar segundas discussões ou redações finais de projetos.