Um ato cultural intitulado "Todos Pelo Velho Chico" será realizado nesta sexta-feira (6) nos municípios de Petrolina e Juazeiro. A Sinergia e a Federação Regional dos Urbanitários do Nordeste (FRUNE) coordenam o evento, em parceria com a Frente Parlamentar em Defesa da Chesf e do Rio São Francisco, movimentos populares, entidades de classe, igrejas, ONG’s, governos da Bahia e de Pernambuco. O objetivo é chamar a atenção da opinião pública para a importância da preservação do Rio São Francisco.
O ato começa em Petrolina, às 15h, na Concha Acústica, onde haverá uma saudação da Frente em Defesa da Chesf. Após isso, todos seguem em romaria de barco atravessando o rio em direção a Juazeiro, onde haverá atividades culturais e políticas.
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“Esse é um grande ato pluripartidário que está reunindo parlamentares, inclusive da base do governo, que sabem da irresponsabilidade que é a privatização de órgãos como a Eletrobrás e a Chesf. Não deixaremos que isso aconteça de forma alguma e lutaremos com todas as armas que temos para que a Chesf e o rio São Francisco continuem sendo um patrimônio do povo nordestino", disse o líder da oposição no Senado, Humberto Costa, que participará do ato.
Frente Parlamentar
A frente Parlamentar em Defesa da Chesf e do Rio São Francisco, lançada no início de setembro, atua na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para funcionar como um canal de diálogo entre o governo federal, Congresso e população contra a privatização do sistema Eletrobrás e em defesa da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF). Na Alepe, o presidente é o deputado estadual Lucas Ramos (PSB), rival da família Coelho em Petrolina, que planeja entrar com uma ação civil pública na Justiça de Pernambuco contra a privatização da Chesf, comandada pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Filho. Na Câmara, quem lidera a frente é o deputado federal Danilo Cabral (PSB).
Os nove governadores da Região Nordeste assinaram uma carta demonstrando insatisfação com a privatização da Chesf e acusaram o governo federal de querer obter recursos para socorrer as finanças da União com a venda. Na carta, os gestores estaduais pediam a exclusão da companha da privatização do Sistema Eletrobrás para transformá-la em uma empresa pública vinculada ao Ministério da Integração Nacional.