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Por Jamildo Melo e equipe

Antes crítico ao PSB, ex-deputado Edilson Silva nomeado para cargo comissionado por Paulo Câmara

Cadastrado por

José Matheus Santos

Publicado em 12/05/2021 às 11:56
Foto: Roberto Soares/Alepe? - Foto: Roberto Soares/Alepe?

Sem alarde, o governador Paulo Câmara (PSB) nomeou o ex-deputado estadual Edilson Silva (PCdoB) para um cargo em comissão, sem necessidade de concurso, no Governo de Pernambuco. O ato saiu na edição desta quarta-feira (12) do Diário Oficial do Estado.

Ele será assessor especial na Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade.

Foto: Reprodução/Diário Oficial do Estado de Pernambuco

Edilson Silva foi o primeiro deputado estadual do PSOL em Pernambuco, eleito em 2014, mas não conseguiu a reeleição em 2018, ficando na segunda suplência.

Costumeiro crítico do PSB, quando na oposição como deputado estadual, Edilson deixou o PSOL e se filiou ao PCdoB em outubro de 2019 para disputar um mandato de vereador do Recife em 2020. Não conseguiu se eleger vereador, tendo recebido 1.610 votos na capital pernambucana.

Foto: Reprodução/Estadão

O PCdoB faz parte da base aliada do PSB no estado. A presidente nacional da legenda comunista é a vice-governadora Luciana Santos.

Dentre as inúmeros denúncias apresentadas por Edilson contra o PSB, quando deputado estadual, está uma notícia-crime contra a pessoa do governador Paulo Câmara, em 2015, conforme publicado na época pelo Jornal do Commercio.

Veja o que foi publicado pelo Jornal do Commercio em agosto de 2015:

"Único parlamentar do PSOL e membro da bancada de oposição, o deputado Edilson Silva anunciou, nesta segunda-feira (17), na Assembleia Legislativa, que ingressa, nesta terça-feira (18), pela manhã, na Polícia Federal, com uma notícia-crime contra o governo estadual e o Comitê Gestor das Parcerias Público-Privada do Estado, denunciando irregularidades encontradas nos contratos da Arena Pernambuco por auditorias do Tribunal de Contas (TCE). “O que a Polícia Federal está vendo (os documentos) é o de menos grave”, disse Edilson.

O deputado aproveitou a sessão plenária em duas ocasiões – o pequeno expediente e o tempo de liderança – para abordar a Operação Fair Play, a investigação deflagrada pela Polícia Federal, sexta-feira (14), nas sedes da Odebrecht e do comitê. Edilson foi rebatido, nos dois momento, pelo líder do governo, Waldemar Borges (PSB), que negou irregularidades e afirmou que os contratos foram aprovados pelo Ministério Público. “Todas as sugestões do MPPE foram aceitas. O que houve foi frustração de receitas, mas o governo não pagou nenhum centavo até agora”, disse Borges.

A Operação Fair Play quer comprovar fraude na licitação da Arena e superfaturamento na construção, estimado em R$ 42,8 milhões (R$ 70 milhões em valor atualizado). Da tribuna, Edilson Silva assegurou que “ninguém vai conseguir colocar (a obra) debaixo do tapete”, nem o governo “colocará uma cortina de fumaça” na Alepe. “O aditivo contratual é, no mínimo, uma irresponsabilidade. Vou amanhã (nesta terça) à Polícia Federal levar as notas técnicas dos auditores do TCE que apontam o escândalo”, disparou.

Com as notas, Edilson já ingressou com denúncias no próprio TCE, no MPPE e na Justiça Federal. À época dos contratos, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, e o governador Paulo Câmara (PSB) eram presidente e vice do Comitê Gestor de PPPs. “Não há cortina de fumaça. Tudo foi feito com transparência e tudo que se quiser saber será respondido”, rebateu Borges."

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