
Neste dia 15 de novembro, quando comemora-se a Proclamação da República, o historiador Laurentino Gomes relatou uma história pouco conhecida sobre o movimento que depôs a monarquia em 1889. O avô do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, conhecido pelo temperamento nada explosivo, chegou a sugerir o fuzilamento do então imperador Pedro II.
O historiador, autor do livro 1889 (2013, Globo Livros) explicou tudo em seu Twitter. O alferes Joaquim Inácio Batista Cardoso, avô do futuro presidente, fazia parte do grupo de militares reunidos na noite do dia seis de novembro de 1889 para tratar dos preparativos da derrubada da monarquia. O encontro ocorreu na casa do tenente-coronel Benjamin Constant, professor de Matemática da Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro.
Neste dia 15 de novembro de 1889, há 132 anos, o imperador Pedro II escapou por pouco de ser morto diante de um pelotão de fuzilamento por sugestão do avô de FHC, alferes Joaquim Inácio Batista Cardoso. Foi salvo pela intervenção tenente-coronel Benjamin Constant. Sigam a thread: pic.twitter.com/PpPflkQxp0
— Laurentino Gomes (@laurentinogomes) November 15, 2021
Na conversa, diz o autor do livro, todos os presentes concordaram sobre o uso das armas para depor a monarquia, mas não chegou-se a um consenso sobre o que ocorreria com Pedro II. Foi Joaquim Inácio Batista Cardoso quem sugeriu o exílio mas, questionado sobre o que fazer em caso de resistência, cravou: "fuzila-se!".
Benjamin Constant, porém, teria se assustado e defendeu o exílio e o oferecimento de todas as garantias e considerações possíveis.
"Para sorte de Pedro II, no dia 15 de Novembro haveria de prevalecer a posição de Benjamin. Em vez de fuzilado, como queria o alferes Joaquim Inácio, o imperador seria despachado para o exílio", conta o historiador, usando trechos do seu livro.
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