Assim que assumiu o comando do Santa Cruz, o técnico Roberto Fernandes se espantou com a quantidade de jogadores do elenco. Hoje, com as novas contratações, o Tricolor chegou aos 34 atletas reforços para uma temporada que vem trazendo mais dor de cabeça do que alegrias.
Roberto é o quarto treinador no ano que o Santa Cruz contratou. Difícil ganhar um padrão de jogo assim. Identidade passa longe. Os dois últimos duelos do Tricolor na Série C, os primeiros sob o comando de Roberto, mudanças vistas: mais atitude, mais organização nas retomadas. Contra a Jacuipense, os primeiros gols na competição. Contra o Volta Redonda, fora de casa, empate fora contra uma equipe melhor colocada.
Um alento. Mas ainda não é o ideal. O Santa Cruz precisa vencer. Enquanto não se conquista uma vitória, não se tem um elemento essencial: confiança. Até porque, mesmo fazendo uma péssima campanha, a situação ainda não ficou desesperadora. O Tricolor tem 3 pontos. Tem cinco pontos a menos da equipe que abre o G-4, o Paysandu, o adversário da próxima rodada. Ou seja, a vitória é fundamental para ficar vivo e ganhar força. Essa pressão é a maior bronca. E o Tricolor precisa estar forte para isso.
Mesmo com tantas contratações já feitas, Roberto Fernandes precisa de mais. O treinador está procurando um lateral-esquerdo e um meia para o lugar de Chiquinho. Não vai ter estrela. Vem jogador com o perfil de Série C, que precisa dar sangue para mudar uma situação. Mas também quer enxugar o quadro. Planeja trabalhar com um grupo de 28 atletas. Ao mesmo tempo que mira os jogos, o treinador avalia o elenco. É aquela máxima de trocar o pneu com o carro andando que, infelizmente, quebra as pernas dos clubes de Pernambuco.