Em uma postagem, na conta pessoal no Twitter, o advogado coral Jhonny Guimarães revelou uma ameaça de morte que recebeu pelo celular. Em entrevista ao Blog do Torcedor, nesta segunda-feira, ele revelou que essa foi uma das mais de 30 intimidações do mesmo teor que sofreu nos últimos dias. Inclusive, com ameaças contra a própria família e o escritório de advocacia. Ele foi um dos protagonistas da última eleição do Tricolor do Arruda, onde apoiou o "ProSanta", grupo do presidente Joaquim Bezerra e o vice André Frutuoso. Jhonny foi um dos fundadores do movimento chamado Intervenção Popular Coral (IPC). O grupo surgiu nas redes sociais em defesa da reforma do estatuto, que foi feita logo no início da atual gestão tricolor. Atualmente, a empresa do jurista presta serviço ao Santa Cruz.
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"Eu não vou levar torcedor para delegacia. Por mais absurdas que sejam ameaças, a minha equipe profissional esteja com medo, é o torcedor no calor da emoção e eu nunca irei contra o torcedor. Isso mesmo eu também tendo que mudar a minha rotina, os meus horários e tudo mais", afirmou Jhonny Guimarães.
"O que me chateia é porque é uma grande confusão. Eu não sou dirigente do Santa Cruz, eu não fui eleito para nenhum cargo do clube. O meu escritório de advocacia foi contratado para uma área jurídica, a cívil. E é importante destacar que tivemos grandes avanços. Como, por exemplo, a recuperação da posse do Arrudinha (a quadra de futsal)", completou o advogado.
Jhonny Guimarães ainda revelou que acertou um contrato abaixo do valor de mercado. Segundo ele, mais para ajudar o clube do coração. Ele tratou com naturalidade as ameaças, mas não escondeu a insegurança dos familiares.
"Por sinal, o contratamos que acertamos é muito bom para o Santa Cruz. Eu cobrei cinco vezes menos do que cobraria para qualquer outra pessoa. Faço por amor. Isso mal paga a equipe que contratei para tocar esses processos. E não tem nenhuma ligação com o futebol", afirmou o advogado.
"Só que as pessoas associam isso a mim. E gera esse tipo de ameaça. Entendo que tive uma papel relevante na política do clube e acabo arcando com as consequências. Fico triste pela minha mãe, pela minha esposa, que ficam amedrontadas, mas, enquanto a bola não entrar, as pessoas vão culpar todo mundo", acrescentou.
O advogado tricolor também garantiu que não tem mais nenhuma ligação com o grupo Intervenção Popular Coral. Segundo Jhonny, a relação com o Santa Cruz atualmente é apenas profissional. Ele frisou que defende o clube em 65 processos na área cível. No total, eles estão estimadas em cerca de 16 milhões de reais.
"Eu sair do IPC assim que conquistamos o objetivo inicial, que era convocar a reforma do estatuto. Quando Joaquim (Bezerra) assinou a convocação da Assembleia, deixei o grupo. Um tempo depois fui convocado por André Frutuoso para atuar nessa transição, pois eles precisavam de uma pessoa que conhecesse o antigo estatuto e o novo do Santa Cruz. Hoje são cerca de 65 processos do Santa Cruz, na faixa de 16 milhões de reais, que tentamos proteger"