ANÁLISE

Sport, Náutico e Santa Cruz estão fazendo belos discursos, mas em campo, a história é outra

Precisando de vitórias para conseguir seus objetivos, clubes da capital ,mostram apatia em campo e nada de evolução na classificação

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Marcelo Cavalcante

Publicado em 16/08/2021 às 18:17
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Entre o discurso e a ação... uma gigante diferença. Ficou evidente, na última rodada do Campeonato Brasileiro, que a motivação dos elencos de Náutico, Santa Cruz e Sport não saiu da teoria. Ninguém venceu. O futebol seguiu pobre, sem vibração e a dúvida quanto ao futuro dos clubes na competição nacional. 

O Náutico vem numa sequência de quatro derrotas. Foram 11 gols sofridos e apenas um marcado. Para uma equipe que estava liderando e mostrando um futebol envolvente.. Que queda, hein? O time perdeu o encaixe com as saídas de Kieza e Erick. Contra o Avaí, mais outra atuação ruim e nova derrota. Com direito a duas falhas do goleiro.

Nesse período de desencaixe, O técnico Hélio dos Anjos tentou valorizar o grupo, mantendo o esquema e falando que "não sou de reclamar de perdas, pois trabalhamos com um elenco".  A intenção é boa. Mas a prática é diferente. O Náutico nunca teve peças de reposição a altura dos titulares. Nas vitórias, as falhas não estavam evidentes. Perdeu, degringolou... E para se reencontrar, o treinador vai ter que mudar o esquema já que o clube não tem dinheiro para investimentos.  Além do mercado que não tem tantas ofertas.  Contra o Cruzeiro, em casa, o Timbu tem a urgência por uma vitória. 

No Santa Cruz, o que só se falava era que o time precisava vencer uma partida apenas para virar a chave. Ela aconteceu, fora de casa, contra o Floresta. Mas a chave não virou. Os dias que antecederam a partida contra o Ferroviário-CE foi repleto de declarações que garantiam um clima mais leve entre os jogadores no Arruda. Quando o árbitro trilou o apito e a partida começou, o Santa Cruz foi, como disse o técnico Roberto Fernandes, inoperante. A leveza virou papo furado. O futebol apresentado foi tenso, fraco, sem inspiração. É momento de superar a falta de entrosamento e qualidade. É jogar pela vida. Mas nem todos do elenco entenderam isso. 

O Sport teve sua sequência de quatro jogos sem derrota para o Flamengo, que tem um elenco muito, mas muito superior ao do Leão. Mas nada explica a  apatia do time em campo. No Rio, o Sport viu o Flamengo jogar como quis. E o time carioca fez apenas 2x0 porque quis. Jogou em ritmo de treino sem se sentir molestado. Se imprimisse um futebol com mais força e velocidade, faria três, quatro, cinco...Nem parecia que viveu uma empolgação pelas contratações dos meias Hernanes e Everton Felipe. E mesmo se as contratações não tivesse acontecido, jogar contra o Flamengo seria motivo de sobra para o Leão ter motivação para segurar ao menos o empate.

Os três grandes clubes da capital pernambucana vão para os jogos da próxima rodada com sob a pressão da vitória. O Náutico está no bolo de clubes no pelotão de cima da tabela de classificação da Série B. Se levar outra sova, pode perder o rumo de vez. Chegou a hora de fechar a casinha, amigos. Jogar no contra-ataque. O Santa Cruz, nem se fala. Está se agarrando até na fé dos que não têm para se manter na Série C. E para isso, tem que vencer a Jacuipense, fora de casa. E Sport volta a jogar na Ilha do Retiro, contra o São Paulo, que vive altos e baixos na competição. 

E aí, amigos... Acreditam no discurso ou na ação dos clubes na competição nacional?

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