Últimos campeões, Flamengo e Palmeiras vão decidir a Copa Libertadores no dia 27 de novembro, no Estádio Centenário, em Montevidéu, no Uruguai, com transmissão do SBT e da TV Jornal. Pela segunda edição seguida a decisão reunirá dois brasileiros, após o time paulista superar o Santos no começo do ano. Os cariocas voltam à final após dois anos com nova vitória sobre o Barcelona, em Guayaquil, pelos mesmos 2x0 do Rio. Herói no Maracanã, Bruno Henrique novamente definiu, com outros dois gols.
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Com a confirmação da final brasileira, o São Paulo perderá seu reinado de único tricampeão da América no País. Os finalistas já têm dois títulos cada e vão se igualar ao time do Morumbi em conquistas da Libertadores. O Flamengo ganhou do River Plate na final em 2019, enquanto o Palmeiras é o atual campeão ao despachar o Santos no Maracanã.
Serão dois meses de espera até nova final entre os rivais, que já decidiram a Supercopa do Brasil no começo do ano, com conquista dos cariocas nos pênaltis, no Mané Garrincha, no Distrito Federal. Até lá, vão tentar buscar o líder Atlético-MG na disputa pelo Brasileirão.
Com Filipe Luís e Arrascaeta de volta, o Flamengo prometia ser ofensivo em busca de um gol que praticamente definiria a vaga. Mal a bola rolou no Monumental, porém, e Andreas Pereira já levou cartão amarelo. Com menos de um minuto o flamenguista já estava pendurado. Herói no primeiro jogo, Bruno Henrique iniciou o duelo no Equador sendo caçado, sofrendo duras chegadas. Para piorar, o zagueiro David Luiz caiu sentindo lesão muscular na virilha com somente sete minutos. Acabou substituído.
Empurrado pela torcida, o Barcelona queria buscar um gol rápido para pressionar os cariocas. Mas a estratégia que deu certo foi a de Renato Gaúcho. O técnico queria explorar os espaços e festejou com 17 minutos.
Everton Ribeiro serviu Bruno Henrique com precisão. O atacante driblou o goleiro e ampliou ainda mais a já ótima vantagem carioca. Com 1 a 0 ao Flamengo, apenas quatro gols dos equatorianos impediriam uma final brasileira. Em vantagem, os visitantes queriam mais e Andreas Pereira carimbou a trave após receber de Bruno Henrique.
Quando tentou reagir, o Barcelona esbarrou em defesa difícil de Diego Alves. O lance não assustou os cariocas, que se sentiam muito tranquilos em campo. Tocando a bola sem pressa e indo ao ataque apenas na boa, a equipe brasileira administrava o tempo. A meta era não deixar o Barcelona voltar para a disputa. Nada de "inflamar" a torcida.
Com vantagem parcial no intervalo, o Flamengo tinha nova preocupação. Bruno Henrique foi para o vestiário com dores na coxa. Substituição? O atacante voltou para a etapa final para melhorar ainda mais seus números no confronto e na Libertadores
Em nova assistência de Everton Ribeiro, que recebeu de Gabriel Barbosa e poderia tentar anotar, o atacante ampliou a vantagem. Provocado, mandou por entre as pernas do defensor e saiu com as mãos na orelha querendo ouvir o grito dos torcedores. Foi seu quarto gol contra o time de Guayaquil e o sexto na competição. Uma ducha de água fria nas pretensões do Barcelona.
Mesmo com a vaga na mão, Renato Gaúcho usou seu time ideal o máximo que pôde em campo. Queria dar mais entrosamento com a volta de Arrascaeta e Filipe Luís e com Rodrigo Caio "inteiro". Desde sua chegada, jamais conseguiu ter todos no campo. Faltava apenas David Luiz, que saiu no começo. Mas a ordem era ver o comportamento na pressão.
Na hora que a torcida começou a jogar objetos em campo e os cartões amarelos começaram a surgir, enfim o descanso merecido para o herói Bruno Henrique e para Filipe Luís. Restando 20 minutos, bastava administrar.
De volta ao estádio após muito tempo por causa da pandemia de covid-19, os torcedores do Barcelona se divertiram com gritos de olé nos minutos finais a cada toque da equipe. Mesmo eliminados, eles seguiram aplaudindo o time, vibraram com as roubadas de bola e vaiaram o Flamengo.
A festa, contudo, foi carioca. E o resultado positivo também foi histórico para o técnico Renato Gaúcho. Contando a época de jogador e também a passagem pelo comando do Grêmio, o treinador chegou a 50 vitórias na Libertadores.
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