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Patrocinador cobra explicações do Náutico sobre episódio de importunação sexual de funcionário

"Que o caso seja levado às últimas consequências com punição exemplar dentro e fora dos Aflitos", disse trecho da nota

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Haim Ferreira

Publicado em 25/11/2021 às 13:27 | Atualizado em 10/02/2022 às 18:45
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A Drogafonte, patrocinadora que estampa a parte de trás da camisa do Náutico, cobrou explicações do Timbu sobre o episódio de importunação sexual envolvendo Errisson Melo, superintendente financeiro do time.

A denúncia veio a público nesta semana através da ex-diretora da mulher do clube alvirrubro, Tatiana Roma.

Quatro outras funcionárias também relataram que sofreram assédio do irmão do presidente Edno Melo.

"A diretoria da Drogafonte informou que vai exigir do Náutico uma apuração rigorosa da denúncia de assédio sexual envolvendo um dos dirigentes do clube e quer que o caso seja levado às últimas consequências com punição exemplar dentro e fora dos Aflitos", disse a empresa.

"A empresa, que é um dos principais patrocinadores do timbu, também vai apoiar financeiramente a contratação de uma consultoria especializada em treinamentos, canais de apoio, além de prevenção e combate ao assédio ou qualquer outra importunação sofrida por mulheres em organizações e entidades".

"A Drografonte quer participar de forma efetiva para tornar o futebol um ambiente menos machista e também está envolvida em outra ações afirmativas voltadas para o público LGBTQIA+".

Um boletim de ocorrência contra Errisson Melo foi protocolado na Delegacia da Mulher por parte de Tatiana Roma. 

Em seu relato, a ex-diretora conta que primeiro optou por denunciar o funcionário apenas no conselho, em sigilo, e que já esperava que o os conselheiros não tomariam nenhuma atitude.

Ainda no relato, ela afirma que mesmo com o processo engavetado, passou a sofrer pressão para que o retirasse.

Tatiana teria procurado Alexandre Carneiro, presidente do Conselho Deliberativo do Náutico, e ele teria pedido para que ela deixasse o processo para o próximo ano. Até então, nem o suposto assediador ou algum representante dele havia se manifestado.

Até a noite desta quarta-feira (24), quando o advogado José Augusto Branco, que representa o funcionário, conversou ao vivo com Ednaldo Santos e João Victor Amorim, no programa Bola Rolando, da Rádio Jornal.

Ouça a entrevista de José Augusto Branco:

Branco, assim como Edno Melo fez na terça-feira, endossou a tese de que o caso foi trazido à tona com a intenção de tumultuar o ambiente eleitoral do Náutico - o clube terá eleições presidenciais no próximo dia 5 de dezembro.

Além disso, o advogado afirmou que o boletim de ocorrência registrado por Tatiana apresenta "relatos desconexos".

José Augusto Branco disse ainda que crimes de injúria, difamação e calúnia decaem com seis meses, ou seja, Tatiana precisaria fazer a denúncia dentro deste período.

Em seu argumento, o advogado defende que a denúncia perde o valor por causa do prazo expirado. No entanto, crimes de natureza sexual, que também foram citados pela suposta vítima, têm prazos diferentes.

Ouça a entrevista de Edno Melo:

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