Câmbio de moedas: o que considerar ao escolher um provedor

Confira os critérios essenciais para escolher um provedor de câmbio confiável, que vão desde tarifas competitivas até suporte ao cliente e segurança

Publicado em 06/09/2024 às 9:36 | Atualizado em 06/09/2024 às 11:27

Seja para gastos em viagens no exterior ou para a realização de negócios internacionais, as transações de câmbio têm crescido cada vez mais. De acordo com o Relatório Global de Contratações da Deel, empresa global especialista em gestão de pessoas e folha de pagamento, entre 2022 e 2023, o número de brasileiros contratados por empresas internacionais aumentou 43%.

Com diferentes provedores de câmbio disponíveis no mercado, é importante conhecer as opções e saber como escolher a empresa que melhor atenderá às suas necessidades.

Lidar com dinheiro é coisa séria e o melhor fornecedor de serviço de câmbio não é necessariamente apenas o mais barato — existem muitos outros fatores a se considerar antes de selecionar o provedor.

Spreads e taxas de câmbio

O spread cambial é a diferença entre o preço de compra e o preço de venda de uma moeda estrangeira. É a margem de lucro que a instituição financeira ou casa de câmbio tem ao realizar a troca de moedas. Por exemplo, se um banco compra dólares por R$5,00 e vende por R$5,20, o spread cambial é de R$0,20 por dólar.

É importante comparar o spread cambial entre as diferentes instituições. Muitas vezes a diferença é muito grande, o que pode sinalizar ocultação de tarifas.

Pesquise a cotação comercial da moeda de interesse em uma plataforma confiável, como o Google ou Reuters. O valor encontrado será a taxa de câmbio de mercado. Ao buscar um provedor, compare com o valor pesquisado anteriormente: a diferença entre esses valores representa possíveis tarifas ocultas se não estiverem especificadas como custos operacionais da instituição.

Custos e tarifas adicionais

Se o valor oferecido pelo fornecedor não bate com o câmbio de mercado, desconfie. Um relatório realizado pela Alderson Consulting, encomendado pela Wise, analisou sete provedores de câmbio no Brasil e concluiu que nenhum deles é transparente em suas operações.

Isso quer dizer que esses fornecedores ocultam tarifas adicionais de seus clientes, escondendo margens de lucro e outros custos envolvidos no serviço. É importante optar por um serviço transparente, que diferencie a taxa de câmbio das tarifas da operação durante a compra das moedas. Isso evita que as empresas inflem os valores da taxa de câmbio ao esconderem outros custos.

Segurança e reputação do provedor

Verifique se o provedor que está sendo considerado possui autorização de funcionamento junto ao Banco Central. A segurança dos seus dados e dinheiro deve ser prioridade.

Busque também a opinião de outros usuários, que tipo de problemas tiveram e se foi possível solucionar com facilidade.

Facilidade de uso e conveniência

Informe-se quanto ao suporte e atendimento da instituição: em que línguas e horários está disponível, assim como se existe atendimento via chat, e-mail ou telefone.

Escolha um provedor com uma interface amigável, que facilite seu uso, principalmente se você não está habituado a realizar esse tipo de operação.

Tempo de processamento das transações

Sua transferência possui caráter de urgência? Esse é um dos fatores a se considerar antes de realizar a escolha. Alguns provedores podem demorar mais do que outros para concluir a transação.

Os bancos tradicionais podem levar cerca de dois dias úteis, enquanto alguns serviços digitais levam até um dia útil e outros levam segundos, dependendo da forma de pagamento. Pondere sua necessidade antes de tomar a decisão final.

Exija transparência

Além de considerar as opções, você, enquanto cliente, pode tomar medidas práticas. A Wise trouxe ao Brasil a campanha global “Nada a Esconder”, que pretende, além de sensibilizar a sociedade e entidades públicas e privadas acerca da importância da transparência, tornar ilegais as tarifas ocultas.

Leia o relatório e assine a petição.

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