O apresentador Roberto Justus afirmou em entrevista ao vivo ao programa "Aqui na Band", nesta segunda-feira (23), que "12 mil mortes em 7 bilhões de habitantes é muito pouco pra criar essa histeria coletiva". Justus foi ao programa para explicar suas opiniões sobre o tema, após um áudio enviado por ele, no último domingo (22), para o também apresentador Marcos Mion, viralizar na internet. No áudio, Justus criticava o colega e a conduta adotada por parte da população mundial, por conta da pandemia do novo coronavírus (covid-19).
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"Tem que pensar em números, em estatísticas, que aí vai ver que é menos grave do que toda essa histeria que criaram. Cuidado, sim. Mas exagero, não! Minha avaliação é a seguinte: Isolar as pessoas que precisam de cuidado, que correm mais risco, como idosos e pessoas com problema de saúde. As outras pessoas precisam ter hábitos de higiene rígidos", declarou Justus para o site Notícias da TV.
O apresentador também disse ser contra o isolamento social e acredita que essa atitude poderá trazer consequências desastrosas para a economia do país. Segundo Justus, o número de mortes pelo coronavírus será pequeno quando comparado ao de pessoas que vão sofrer com fome, desemprego, criminalidade e outras mazelas causadas por uma recessão mundial.
"Algumas pessoas me acusaram falando que eu estava debochando dos mortos, zombando dos mortos. Pelo amor de Deus, 12 mil mortes é muito, qualquer morte é muito. Agora, 12 mil mortes em sete bilhões de habitantes é muito pouco pra criar essa histeria coletiva que foi criada no mundo. No Brasil, são 35 mortes lamentáveis [a informação foi logo corrigida por Luiz Ernesto Lacombe, de 25 mortes no Brasil], mas também muito pouco pra 210 milhões de habitantes", falou no programa.
Tentando se justificar ele ainda disse que "não estou minimizando, só estou dizendo que a reação exagerada vai custar caro pra humanidade. Ninguém quer viver o que a Itália viveu, mas não pode ficar três, quatro meses parando o país, com números que não sustentam a histeria", declarou.
Ele afirmou também que um número maior de pessoas morrem por causa de outras coisas, como fome, acidentes de carro e a gripe mais conhecida. "O que eu disse é que 90% das pessoas que vão ser atingidas não vão ter nada. Sintomas de uma leve gripe. Então por que estamos isolando o planeta inteiro, tentando resolver um problema e criando um muito maior? Nós vamos ter muito mais falidos do que gente morta", finalizou.
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
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O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão: