O aplicativo oficial da Caixa Econômica Federal, para que trabalhadores informais, autônomos e Microempreendedores Individuais (MEIs) solicitem o auxílio emergencial de R$ 600, foi lançado nessa terça-feira (7). No entanto, os usuários que buscaram pelo termo "auxílio emergencial" na Play Store, em celulares com sistema operacional Android, no mesmo dia, puderam se deparar com diversos apps não oficiais.
"Esses aplicativos falsos têm maior ocorrência na Play Store. Porque, diferente da App Store, da Apple, o Android admite aplicativos de qualquer outro site para serem comercializados em sua plataforma. Por isso, quem tem smartphone deste sistema está mais sujeito a baixar um programa malicioso", explica o chefe de comunicação social da Polícia Federal em Pernambuco, Giovani Santoro.
É importante que os usuários fiquem atentos ao aplicativo que vão fazer o download, já que, além de não servir para o propósito original, que é solicitar o auxílio emergencial, ao se cadastrar em aplicativos não oficiais, há o risco de ter seus dados, como nome, endereço e CPF, expostos ou roubados. "Se você instalar um aplicativo desse, o fraudante pode, simplesmente, dominar seu teclado e tudo aquilo que você digita, como número da sua conta corrente e senha, e essa informação vai ser enviada automaticamente para o bandido", alerta Giovani.
Para evitar estes enganos, há algumas dicas a serem seguidas, como observar o desenvolvedor do aplicativo, que no caso do auxílio emergencial é a Caixa Econômica Federal, ativar o "Google Play Protect" e denunciar na própria plataforma do Android quando identificar a fraude.
"Os celulares Android já vêm com o programa chamado 'Play Protect'. Para ativar, é só ir nas Configurações, Google, Segurança e habilitar o Google Play Protect", orienta o chefe de comunicação. Para denunciar o aplicativo falso, basta, dentro da página para fazer o download, ir na aba "Segurança" e em “Sinalizar Como Impróprio”.
Outra opção é observar os comentários feitos naquele app na Play Store, e a imagem atribuída ao aplicativo. Em pesquisas realizadas pelo G1 nessa terça-feira, por volta das 17h, foi possível ver que a Play Store, inicialmente, direcionava a pessoa a plataformas não oficiais. Na manhã desta quarta-feira (8), a reportagem realizou uma busca pelo termo "auxílio emergencial", e a primeira opção dada pela loja do Google foi o oficial, apesar de aplicativos não oficiais ainda serem indicados como resultado.
"Clicar em link ou baixar um programa, e [este] começar a pedir, por exemplo, dinheiro, senhas de banco, do Cadastro Cidadão, do Bolsa Família e mandou compartilhar o link com outras pessoas da sua agenda telefônica, são alguns passos que identificam que não é um aplicativo original, porque nem um órgão do governo federal vai solicitar esse tipo de informação", esclarece Giovani Santoro.
Caso o desenvolvedor seja identificado, ele pode ser preso, de acordo com a Lei dos Crimes Cibernéticos. “O crime de Invasão de Dispositivo Informático tem penas que variam entre um ano de detenção, até dez anos de reclusão”, expôs o chefe de comunicação da PF.
De acordo com a Caixa, até as 21h desta terça-feira (7), 18,3 milhões de brasileiros já haviam feito o cadastro para receber o auxílio emergencial. Desse contingente, 38% optaram por receber os recursos na poupança digital. São brasileiros que não têm conta bancária ou preferiram não utilizar as existentes. No caso dos depósitos feitos na poupança digital, ainda não será possível sacar os valores em espécie, apenas fazer transações digitais. Um calendário de saques ainda está em elaboração pelo governo.
Ainda segundo a Caixa, foram registrados 93,9 milhões de acessos ao site. Também foram feitas 780 mil ligações à Central 111 para informações e consultas. Os trabalhadores que não tiverem acesso à internet poderão fazer o cadastro nas agências da Caixa ou nas casas lotéricas.
Da Agência Estado
Links falsos estão circulando na internet para cadastrar pessoas que desejam receber o auxílio emergencial de R$ 600 do governo federal. Em vez de receber o auxílio, porém, quem usar esses links pode ter seus dados roubados. O golpe já tem 6,7 milhões de compartilhamentos e acessos em todo o País e exige atenção de quem navega pela rede.
Os dados são do dfndr, laboratório da startup de segurança digital da PSafe, que registrou alta nesse tipo de golpe desde o mês de março. Segundo a empresa, cerca de 90 a 100 páginas falsas trazem perguntas sobre dados pessoais e induzem os usuários a compartilhar os links em aplicativos como o WhatsApp, por exemplo, para receber o benefício.
Segundo Emilio Simoni, diretor do dfndr lab, é importante se atentar para o endereço dos links acessados. Toda página do governo, por exemplo, deve acabar em "gov.br" - o que os sites falsos não terão. "Para ter certeza de que está em um site oficial, procure o endereço em um site de buscas", afirma Simoni
Para não cair no golpe, é necessário ter atenção. Sempre verifique o endereço do site que está sendo acessado e de onde veio a informação sobre a página. Simoni alerta ainda que dados pessoais só devem ser fornecidos na internet quando há confiança do usuário.
Android: https://bit.ly/2x2r9Nw
Ao acessar, clique em "Realize sua solicitação";
Confira na tela seguinte se possui os requisitos necessários;
Se possuir, clique em "Declaro que li e tenho ciência que me enquadro em todas as condições acima" e em "Autorizo o acesso e uso dos meus dados para validar as informações acima";
Na sequência, clique em "Tenho os requisitos, quero continuar" para prosseguir com o cadastro;
Na próxima tela, informe seus dados completos e clique em "Não sou um robô" e em "Continuar";
Na tela seguinte, informe a renda, o ramo de atividade, estado e cidade;
Na próxima, preencha os dados das pessoas que moram com você;
Depois você diz se quer receber em conta já existente ou criar uma poupança digital;
Após informar a opção, você deve fornecer seu documento (RG ou CNH);
Depois de fazer o cadastro, é possível acompanhar se vai receber o auxílio emergencial, consultando no próprio site ou aplicativo.
Em caso de dúvidas, a Caixa disponibiliza a central telefônica 111. Não será possível se cadastrar no programa pelo telefone, somente tirar dúvidas.
Foi divulgado nesta terça-feira (7), o calendário de pagamento do coronavoucher, como ficou conhecido o auxílio emergencial - de R$ 600 ou de R$ 1,2 mil para mães solo - destinado aos trabalhadores autônomos, informais e sem renda fixa, devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19). O pagamento do benefício começa no dia 09 de abril de 2020.
Onyx Lorenzoni afirmou ainda que cerca de 10 milhões de pessoas com cadastro no CadÚnico terão seus dados encaminhados à Caixa Econômica Federal ainda nesta terça-feira (7).
Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, para os que se cadastrarem nesta terça, o pagamento deve estar disponível na quinta-feira (9), se tiverem conta-poupança na Caixa ou conta-corrente no Banco do Brasil.
Já os beneficiários do Bolsa Família receberão o auxílio de acordo com o calendário do programa.
A primeira parcela deve ser paga até a próxima terça-feira (14). A segunda e a terceira parcela serão pagas de acordo com o mês de aniversário do cidadão. A segunda parcela do auxílio deverá ser paga entre 27 e 30 de abril. A terceira parcela deverá ser paga entre 26 e 29 de maio.
Primeira parcela: até 14 de abril
Segunda parcela: entre 27 e 30 de abril
Terceira Parcela: entre 26 e 29 de maio
O calendário anunciado nesta terça-feira vale para o depósito das parcelas do auxílio emergencial na conta digital de quem tem direito ao auxílio. Quem quiser sacar o dinheiro deve aguardar um novo calendário, que o governo pretende divulgar no começo da semana que vem.
Cada pessoa que tiver direito deve receber R$ 600 por mês, durante três meses. A lei prevê a possibilidade de o governo prorrogar o benefício enquanto durar o estado de calamidade pública por causa da covid-19. Cada família pode acumular, no máximo, dois benefícios, ou seja, R$ 1.200. A mulher que sustentar o lar sozinha terá direito a R$ 1.200.
Pedro Guimarães explicou também que há no Brasil cerca de 30 milhões de pessoas sem acesso a contas bancárias. "Queremos colocá-los nas contas digitais com criação de graça, DOCs, pagamentos, tudo de graça. Isso é inclusão", disse o presidente da Caixa, ressaltando que, no início, as pessoas não poderão sacar todo o dinheiro. "Não queremos corridas para as lotéricas", sentenciou.
Uma das preocupações é de que as pessoas que tiverem saldo negativo nas suas contas bancárias não tivessem o valor descontado quando o crédito for feito. Essa garantia foi dada pelo ministro da cidadania, Onyz Lorenzoni.
"As pessoas não terão esse dinheiro descontado. Esse é um auxílio emergência para atravessar uma situação difícil. O valor é para auxílio da população", garantiu.