O setor de bares da capital paulista e restaurantes se prepara para uma possível reabertura nos próximos dias. A cidade se encontra atualmente na segunda fase – laranja – do plano de flexibilização da quarentena do governo do estado de São Paulo, que não permite o funcionamento do setor. No entanto, há a possibilidade que nesta sexta-feira (26) seja anunciada uma evolução para a fase 3 – amarela, quando o atendimento presencial poderia ser retomado com restrições.
Em nota, a Prefeitura de São Paulo disse que ainda aguarda a mudança de fase para determinar os próximos passos. “A partir de reclassificação da cidade de São Paulo pelo governo do estado para a fase amarela, quando ocorrer, os protocolos para os novos setores liberados serão analisados cuidadosamente pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), da Secretaria Municipal de Saúde, como ocorreu nas liberações da fase laranja”, diz o comunicado.
Nos últimos dias, a capital paulista tem apresentado melhora de indicadores que fazem parte da avaliação para determinar em qual estágio na quarentena a cidade é classificada. Cada etapa libera gradualmente o funcionamento de serviços além dos considerados essenciais.
Segundo o boletim divulgado ontem (24) pela prefeitura paulistana, a ocupação dos leitos das unidades de terapia intensiva está em 57%. Na última avaliação feita pelo governo estadual, o nível de ocupação era de 72%. Para passar para a nova fase da flexibilização, o plano prevê que o uso das UTIs esteja abaixo de 70%. O crescimento no número de mortes na cidade também estava acima do que seria necessário pelas regras do plano, apesar de outros indicadores, como quantidade de internações e disponibilidade de leitos hospitalares, apresentarem números favoráveis.
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes já enviou à prefeitura a proposta com os protocolos de segurança para a reabertura. O documento tem que ser aprovado pelas autoridades sanitárias para que os estabelecimentos sejam autorizados a retomar o funcionamento. Atualmente, o setor de alimentação funciona somente no sistema de entrega ou para levar, sem possibilidade de permanência dos clientes.
Entre as normas propostas pela associação está que os estabelecimentos funcionem usando no máximo 40% da capacidade e as mesas tenham espaço de 2 metros entre elas. Também há a recomendação de que os administradores tenham atenção à saúde dos empregados para evitar que as pessoas trabalhem doentes. O documento prevê ainda adoção de escala para que funcionários que tiverem filhos sejam menos prejudicados com a volta às atividades em um momento que as escolas e creches permanecem fechadas.