Anvisa e AstraZeneca se reúnem para discutir uso emergencial de vacina

O imunizante é a principal aposta do governo brasileiro para vacinação da população
Estadão Conteúdo
Publicado em 30/12/2020 às 16:54
No Twitter, os líderes celebram o imunizante como "vitória da ciência" e garantem logística para dar início à campanha de vacinação Foto: ARIANA DREHSLER/AFP


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reuniu nesta quarta-feira(30), com representantes da AstraZeneca no Brasil para discutir previsão de pedido de uso emergencial da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica em parceria com a Universidade de Oxford. O imunizante, que recebeu autorização para uso emergencial no Reino Unido nesta quarta, é a principal aposta do governo brasileiro para vacinação da população.
Na reunião, ficou definido que o pedido de autorização para uso emergencial da vacina será feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que é o laboratório parceiro da farmacêutica no País.
A Fiocruz deve pedir o registro à agência na próxima semana. O governo investiu R$ 1,9 bilhão para compra, processamento e distribuição de 100 milhões de doses do imunizante.
Segundo a Anvisa, o prazo de avaliação da solicitação é de até dez dias contados a partir da entrada do pedido formal, mas ele pode ser menor, tendo em vista que informações apresentadas na Submissão Contínua para registro serão consideradas. A medida, de acordo com a agência, é para evitar "o retrabalho" e promover "a otimização do processo".
Até o momento, a Anvisa já participou de 48 reuniões com laboratórios com o intuito de dar orientações e fazer o acompanhamento dos imunizantes em desenvolvimento.
Vacina foi criticada por especialistas
A vacina de Oxford, como ficou conhecida, enfrentou críticas de especialistas por falta de transparência na divulgação dos dados de testes clínicos e por um erro de dosagem que levou a resultados de eficácia distintos.
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Com duas doses completas, a eficácia foi de 62%. Já no regime de meia dose seguida de uma dose completa, foi de 90%.
Além disso, a eficácia nos idosos, no grupo de maior risco para a doença, ainda não é conhecida.
 
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