Um grande meteoro foi avistado na manhã desta segunda-feira (17) no céu da Bahia. De acordo com o diretor-técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon), Marcelo Zurita, o barulho relatado por muitas pessoas que viram o meteoro pode ser explicado pelo impacto do objeto ao atingir as camadas mais densas da atmosfera. Moradores de cidades como Brotas de Macaúbas e Oliveira dos Brejinhos relataram um forte estrondo no momento em que o meteoro passava.
"O bólido é um grande meteoro, gerado pela passagem atmosférica de um fragmento de rocha espacial. Apesar do fenômeno ser algo comum, é muito difícil de ser observado durante o dia. Isso só ocorreu porque ele foi bastante luminoso, o que indica que foi gerado por um fragmento de rocha maior. O barulho de explosão ocorre quando ele atinge as camadas mais densas da atmosfera, que acabam propagando a onda de choque gerada pelo bólido", disse ao CORREIO.
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A trajetória do objeto no céu da Bahia foi registrada por câmeras do Clima Ao Vivo, plataforma de tempo e clima, nos municípios de Andaraí, Ibiquera, Ibitiara e Miguel Calmon, por volta das 10h (Veja abaixo). Marcelo Zurita diz que a Bramon ainda analisa as imagens para tentar precisar onde ele teria caído.
"Ainda estamos analisando as imagens, mas por hora, podemos afirmar que ele ocorreu às 10:02 desta manhã, e sua trajetória foi aproximadamente de nordeste para sudoeste, passando a sul de Brotas de Macaúbas", disse ao Correio.
No dia 2 de janeiro, um outro meteoro também foi avistado no céu da Bahia, dessa vez na região centro-sul. Em outubro de 2020, outro objeto espacial também foi avistado no céu baiano, desta vez na região do baixo sul da Bahia. Apesar do número recente de casos, Marcelo Zurita descarta relações entre os meteoros e também destaca que não há que comprove uma possível rota de objetos espaciais pelo céu da Bahia.
"Em janeiro outro bólido diurno ocorreu na região e foi registrado em Nova Redenção. Mas isso é apenas uma coincidência. Não há qualquer relação entre o bólido de janeiro e o dessa manhã, e não há nenhum fator conhecido que favoreça a ocorrência desse fenômeno em uma região específica do globo", disse o astrônomo.