Os laboratórios Pfizer e BioNTech anunciaram em conjunto nesta quinta-feira (8) que pedirão autorização para uma terceira dose de sua vacina contra a covid-19.
"As empresas esperam publicar dados mais definitivos logo, assim como em uma revista revisada por pares, e planejam enviar os dados à FDA (agência de Alimentos e Drogas americana), à EMA (Agência Europeia de Medicamentos) e a outras autoridades reguladoras nas próximas semanas", informaram em nota.
O anúncio vem depois que dados de um teste em andamento mostraram que uma terceira dose aumenta os níveis de anticorpos de cinco a dez vezes mais contra a cepa original do coronavírus e a variante Beta, encontrada pela primeira vez na África do Sul, em comparação com as duas primeiras doses, de acordo com o texto.
As duas empresas acreditam que uma terceira dose atuará de forma semelhante contra a variante Delta, altamente contagiosa, que está se tornando dominante a nível global.
Como precaução, as empresas também estão desenvolvendo uma vacina específica para a Delta, e as primeiras amostras estão sendo fabricadas nas instalações da BioNTech em Mainz, na Alemanha.
Ambos os laboratórios estimam que os testes clínicos comecem em agosto, sujeitos à aprovação regulatória.
O FDA e os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), principal agência de saúde pública dos Estados Unidos, disseram em um comunicado conjunto que estão estudando "se e quando um reforço será necessário".
"Os americanos que foram totalmente vacinados não precisam de reforço neste momento", disseram as agências. "Estamos preparados para doses de reforço, desde que a ciência mostre que são necessárias".