Suzane Von Richthofen está solta? Entenda o cumprimento da pena
Esta semana, Suzane começou a frequentar uma faculdade em Taubaté
Crime de grande repercussão em 2002, o assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen com a participação da filha, Suzane Von Richthofen, voltou à tona na última semana devido ao lançamento dos filmes "A Menina que Matou os Pais" e "O Menino que Matou Meus Pais", na sexta-feira (24).
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As produções mostram duas versões diferentes do caso, nas visões de Suzane e de Daniel Cravinhos, à época namorado dela, que também foi condenado, junto com o irmão Cristian Cravinhos. Os filmes geraram curiosidade em quem acompanhou o crime pelo noticiário, e até de quem era jovem demais para lembrar e está conhecendo os detalhes dos assassinatos agora.
Suzane foi condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais. Com revisão de pena, entretanto, a detenta passou para 34 anos e nove meses. Ela está desde 2004 na Penitenciária Feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé (SP), e obteve a progressão do regime fechado para o semiaberto em outubro de 2015.
No regime semiaberto, a pessoa tem o direito de trabalhar e fazer cursos fora da prisão durante o dia, mas é preciso voltar à penitenciária à noite. O detento também pode reduzir o tempo de pena através do trabalho.
Em setembro deste ano, Suzane obteve autorização da Justiça para deixar a prisão para cursar Farmácia na Universidade Anhanguera, em Taubaté. De acordo com o desembargador José Damião Pinheiro Machado, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), ela preenche os requisitos para o estudo externo porque está presa há 19 anos, cumpre a pena em regime semiaberto e "não registra qualquer falta prisional".
Entretanto, Suzane decidiu mudar de curso, e começou, nessa quarta-feira (29), a frequentar as aulas de biomedicina. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), Suzane fará o uso de uma tornozeleira eletrônica e terá suas saídas previstas em conformidade com a determinação judicial.
Antes, em junho de 2016, o TJSP já havia autorizado que Suzane deixasse a cadeia para fazer faculdade presencial. Apesar disto, ela não conseguiu fazer o curso porque não tinha recursos para custear a mensalidade.
Sentença dos irmãos Cravinhos
Suzane, Daniel e Cristian foram condenados por duplo homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas. Ainda houve fraude processual, pois o trio alterou a cena do crime. Cristian ainda foi condenado por furto.
Cristian Cravinhos foi condenado a 38 anos e seis meses em regime fechado. Já Daniel foi sentenciado a 39 anos e seis meses em regime fechado. Daniel deixou a prisão em 2018, quando foi autorizado a cumprir o resto da pena em liberdade. Cristian foi para o regime aberto em 2017, mas voltou para a prisão após ser condenado por corrupção.
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