RIO DE JANEIRO

Suspeito de matar congolês se apresenta à polícia; outros dois são identificados

O congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, foi agredido até a morte ao cobrar dívida de trabalho em quiosque

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Estadão Conteúdo

Publicado em 01/02/2022 às 21:24 | Atualizado em 02/02/2022 às 6:26
CRUELDADE Congolês de 24 anos foi agredido até a morte depois de ir cobrar pagamento por trabalho - REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS

Um dos três homens suspeitos de agredir até a morte o congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, se apresentou à Polícia Civil do Rio na tarde desta terça-feira, 1º de fevereiro. Alisson Cristiano Alves de Oliveira, conhecido como Dezenove por não ter um dos dedos, vendia bebidas na areia para o quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio). O congolês também trabalhava para o estabelecimento, sem contrato formal. Recebia por dia trabalhado.

Policiais da Delegacia de Homicídios identificaram três suspeitos a partir de imagens de câmeras de segurança. Além de Dezenove, podem ser acusados do crime Alexander Luiz da Silva, o Tota, e um terceiro agressor conhecido como Belo.

Seriam, como Moïse, vendedores diaristas que trabalham na areia para o Tropicália. Dois outros homens que aparecem no vídeo não participaram das agressões a Moïse. Um trabalha em um quiosque vizinho, e outro era um cliente.

 

Na segunda-feira, 24, o congolês teria ido, segundo sua família, cobrar um pagamento que ainda não recebera do dono do quiosque, identificado como Fábio. O proprietário não estava. Houve discussão com um homem que estaria no lugar de um funcionário que seria o único com vínculo empregatício com o Tropicália. O bate-boca virou briga. Os vendedores então se envolveram na confusão e espancaram Moïse até a morte.

Dezenove apresentou-se à 34 DP (Bangu) e foi conduzido à Delegacia de Homicídios (DH) da capital, na Barra da Tijuca, onde prestou depoimento.

Policiais da DH conseguiram falar por telefone com Tota. O rapaz aceitou se apresentar à polícia como testemunha. Os policiais iam ao seu encontro na estação ferroviária de Santa Cruz (zona oeste) para conduzi-lo à DH.

Agentes da Homicídios estiveram nesta terça-feira, no Tropicália O quiosque foi interditado por determinação da Secretaria Municipal de Ordem Pública.

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