RELIGIÃO

"Ele não está aqui, ressuscitou": veja evangelho e leitura do dia sugeridos pelo Vaticano no Sábado de Aleluia

Este sábado é o primeiro dia desde a crucificação e morte de Jesus, que aconteceu na Sexta-Feira da Paixão, e o dia anterior ao Domingo de Páscoa

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Cadastrado por

Katarina Moraes

Publicado em 16/04/2022 às 9:34 | Atualizado em 16/04/2022 às 11:14
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Neste Sábado de Aleluia, 16 de abril, é o dia em que os cristãos esperam pela ressureição de Jesus. É o primeiro dia desde a crucificação e morte de Jesus, que aconteceu na Sexta-Feira da Paixão, e o dia anterior ao Domingo de Páscoa.

Por isso, para este sábado, o perfil oficial do Vaticano recomendou a leitura de Hebreus (4, 1-16), que fala da necessidade de repousar em Deus, e a promessa de que o Cristo irá ressuscitar em breve.

Confira:

Leitura do dia

Da Carta aos Hebreus (4, 1-16)

Portanto, enquanto ainda está em pé a promessa de entrar no repouso de Deus, devemos cuidar para que ninguém de vós falte ao apelo. Pois a nós foi anunciada a boa nova exatamente como àqueles. Mas a eles de nada adiantou a palavra do anúncio: não se uniram, pela fé, aos que a ouviram. Nós, porém, que acreditamos, podemos entrar no repouso, do qual ele falou:

“Por isso jurei na minha ira:
jamais entrarão no meu repouso”,

uma vez que as obras estão terminadas desde a criação do mundo. De fato, numa passagem da Escritura a respeito do sétimo dia, ele disse: “E Deus repousou no sétimo dia de todas as suas obras”. Também diz, no texto aqui referido: “Jamais entrarão no meu repouso”. Daí se confirma que alguns entram nesse repouso, enquanto os primeiros a receberem a boa-nova não entraram, por causa da desobediência.. Por isso, Deus marca de novo um dia, um “hoje”, quando fala por meio de Davi, muito tempo depois, no texto que já citamos:

“Hoje, se ouvirdes a sua voz,
não endureçais os vossos corações”.

Se Josué lhes tivesse proporcionado esse repouso, não se falaria mais de outro dia. Portanto, ainda está reservado um repouso sabático para o povo de Deus. Pois aquele que entrou no repouso de Deus repousou de suas obras, como Deus repousou das suas.

Esforcemo-nos, portanto, por entrar nesse repouso, para que ninguém repita o exemplo de desobediência acima referido. Pois a palavra de Deus é viva, eficaz e mais penetrante que qualquer espada de dois gumes. Penetra até dividir alma e espírito, articulações e medulas. Julga os pensamentos e as intenções do coração. Não há criatura que possa ocultar-se diante dela. Tudo está nu e descoberto aos olhos daquele a quem devemos prestar contas.

Quanto a nós, temos um sumo sacerdote eminente, que atravessou os céus: Jesus, o Filho de Deus. Por isso, permaneçamos firmes na profissão da fé. De fato, não temos um sumo sacerdote incapaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo, à nossa semelhança, sem todavia pecar. Aproximemo-nos então, seguros e confiantes, do trono da graça, para conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça do auxílio no momento oportuno.

Evangelho do dia

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus

Mt 27, 62-66

No dia seguinte, terminado já o dia de preparação do sábado, os sumos sacerdotes e os fariseus foram ter com Pilatos e disseram:­ “Senhor, lembramo-nos de que este impostor, quando ainda estava vivo, disse: ‘Depois de três dias vou ressuscitar!’ Manda, portan­to, assegurar o sepulcro até ao terceiro dia, para não acontecer que os discípulos venham roubar o corpo e digam ao povo: ‘Ele ressuscitou dos mortos!’, pois essa última impos­tura seria pior do que a primeira”. Pilatos respondeu: “Aí tendes uma guarda. Ide asse­gu­rar o sepulcro como melhor vos parecer”. Então eles foram assegurar o sepulcro: lacraram a pedra e deixaram ali a guarda.

Palavras do Santo Padre

Nesta noite, cada um é chamado a encontrar, no Vivente, Aquele que remove do coração as pedras mais pesadas. Perguntemo-nos, antes de mais nada: Qual é a minha pedra a ser removida, como se chama esta pedra? Muitas vezes, a esperança é obstruída pela pedra da falta de confiança. Quando se dá espaço à ideia de que tudo corre mal e que sempre vai de mal a pior, resignados, chegamos a crer que a morte seja mais forte que a vida e tornamo-nos cínicos e sarcásticos, portadores dum desânimo doentio. Insinua-se, assim, uma espécie de psicologia do sepulcro: tudo termina ali, sem esperança de sair vivo. O Senhor não habita na resignação. Ressuscitou, não está lá; não O procures, onde nunca O encontrarás: não é Deus dos mortos, mas dos vivos (cf. Mt 22, 32). Não sepultes a esperança! Porque não te decides a deixar aquele pecado que, como pedra à entrada do coração, impede à luz divina de entrar? (Homilia, Sábado Santo, 20 de abril de 2019)

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