POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL

PRF de Sergipe muda de posicionamento sobre morte de Genivaldo Santos. Leia nota

Homem com problemas psiquiátricos foi morto trancado no porta-malas da polícia no último dia 26 de maio

Cadastrado por

Emannuel Bento

Publicado em 30/05/2022 às 12:44
Os três PRFs estão presos desde outubro do ano passado, sob acusação de tortura e homicídio triplamente qualificado. Na ocasião, eles se apresentaram voluntariamente à Polícia Federal - REPRODUÇÃO VÍDEO

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Sergipe mudou o seu posicionamento em relação à morte de Genivaldo de Jesus Santos, 38 anos. O homem morreu após ser trancado no porta-malas de uma viatura e aspirar um gás lançado pelos policiais, em Umbaúba, no sul do Estado.

Em 27 de maio, um dia após o vídeo da tragédia começar a circular nas redes sociais, a instituição informou que o "abordado reagiu de forma agressiva e precisou ser contido com técnicas de imobilização" e "precisou ser contido com técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo".

"Durante o deslocamento à delegacia, ele passou mal e foi socorrido ao Hospital José Nailson Moura, onde posteriormente foi atendido e constatado o óbito".

No último sábado (28), a PFR divulgou através de sua coordenação de comunicação uma nova nota para informa que não compactua com as medidas adotadas pelos policiais - que antes eram tidas como "técnicas de imobilização".

"Assistimos com indignação aos fatos ocorridos em Umbaúba envolvendo policiais rodoviários federais que resultou na morte do senhor Genivaldo de Jesus Santos. Os procedimentos vistos durante a ação não estão de acordo com as diretrizes em cursos e manuais da nossa instituição", diz a nota, assinada por Marco Territo, coordenador-geral de comunicação institucional.

"A ocorrência dessa última quarta-feira e a morte recente de dois PRFs no Ceará implicou na avaliação interna dos padrões de abordagens. Afirmo que já estamos estudando os nossos procedimentos de formação de aperfeiçoamento e operacionais para ajustar o que for necessário para prestar um serviço de excelência".

Ainda de acordo com ele, a PRF está colaborando com as investigações. "A instituição não compactua com qualquer afronta aos direitos humanos". Afirmando ainda que a conduta isolada não reflete o comportamento dos mais de 12 mil policiais rodoviários federais do país.

O agentes envolvidos na ação foram afastados das funções e estão sendo investigados. São eles: Kleber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia.

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