O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 32 anos, foi preso na madrugada desta segunda-feira (11) suspeito de estuprar uma paciente dopada que passava por um parto cesárea no Hospital da Mulher em Vilar dos Teles, São João de Meriti, município na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. As informações são do G1.
Um vídeo mostra o médico colocando o pênis na boca de uma paciente enquanto participava do procedimento cirúrgico. As imagens foram feitas pela equipe do hospital, que já desconfiava do comportamento dele pelo volume de sedativos aplicado nas grávidas, e trocou a sala de cirurgia para conseguir captar a violência, que durou cerca de 10 minutos.
No vídeo, a grávida está deitada na maca e inconsciente, e a equipe inicia a cesariana. A poucos centímetros dos colegas, o anestesista abre o zíper da calça, coloca o pênis para fora e coloca na boca da vítima. Enquanto isso, se move para disfarçar o ato. Ao terminar, pega um lenço de papel e limpa a mulher para esconder os vestígios do crime.
Também foi gravado o momento em que a delegada Bárbara Lomba, da Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti, dá a notícia da prisão ao médico - que recebe a informação com surpresa. Ele foi autuado pelo crime de estupro. Confira:
Giovanni já trabalhou em pelo menos dez hospitais públicos e privados estaduais e privados desde que se formou em 2017, pelo Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA). Lá, ele também concluiu a especialização em anestesia no início de abril.
Órgãos se pronunciam
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) informou ter aberto um processo para investigar o caso e expulsar o médico. O presidente do Cremerj, Clovis Bersot Munhoz, afirmou que “as cenas são absurdas”.
A Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Estado de Saúde repudiaram a conduta.
“Informamos que será aberta uma sindicância interna para tomar as medidas administrativas, além de notificação ao Cremerj. A equipe do Hospital da Mulher está prestando todo apoio à vítima e à sua família. Esse comportamento, além de merecer nosso repúdio, constitui-se em crime, que deve ser punido de acordo com a legislação em vigor”, disseram.