7 DE SETEMBRO: entidades estudantis participam do Grito do Excluídos e fazem distribuição de alimentos no Recife e em mais 18 capitais

A segurança alimentar é um dos sete eixos discutidos pelo 28º Grito dos Excluídos, que terá como tema "200 anos de (in) dependência para quem?"
Adriana Guarda
Publicado em 06/09/2022 às 14:41
GRITO DOS EXCLUÍDOS No ano passado, manifestação protestou contra o presidente Jair Bolsonaro Foto: BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM


Nos 200 anos da independência do Brasil, a 28ª edição do Grito dos Excluídos vai promover uma distribuição de alimentos no Recife e nas outras 18 capitais que integram a mobilização nacional, nesta quarta, 7 de setembro.

Entidades estudantis como UNE (União Nacional dos Estudantes), UBES e ANPG (Associação Nacional de Pós Graduandos) vão distribuir marmitas e alimentos para as pessoas em vulnerabilidade em todas as manifestações do Grito pelo País. 

No Recife, a concentração do ato acontece às 8h, no Parque Treze de Maio, em frente ao prédio central da Faculdade de Direito do Recife. 

DAY SANTOS/JC IMAGEM - INSEGURANÇA ALIMENTAR Desde 2021, o País voltou ao Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas
 

Em 2020, 19,1 milhões de pessoas passavam fome no Brasil. No ano passado, este número explobiu para 33,1 milhões, motivada pela pandemia da covid-19, pela crise econômica e pela desarticulação de políticas sociais para populações vulneráveis. 

A segurança alimentar é um dos sete eixos discutidos pelo 28º Grito dos Excluídos, que terá como tema "200 anos de (in) dependência para quem?". 

“Utilizaremos o nosso alcance e capilaridade para uma ação solidária urgente. Devemos ter em mente que os milhões de brasileiros com fome atualmente revelam a falta de um projeto de soberania e de desenvolvimento. Esse é o momento de debater o Brasil que a gente quer nos próximos 100 anos, e com um grande pacto pela redução das desigualdades sociais”, destaca a a presidente da UNE, Bruna Brelaz.  

Independência e eleições

Já a presidente da UBES, Jade Beatriz, questiona o bicentenário da Independência dentro do clima político das Eleições 2022. Para ela, o  marco da data tem sido ofuscado pelos discursos antidemocráticos.

“Enquanto deveríamos estar debatendo medidas para avançar, investir em educação e em  desenvolvimento, o governo usa essa data para atacar o sistema eleitoral e inflamar sua base, criando mais ‘cortina de fumaça’ para a crise que causou”, critica.

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