Da Redação com Agências
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) recebeu dez novas denúncias de mulheres que acusam o empresário Thiago Brennand Fernandes Vieira de estupro. O empresário, de 42 anos, teria ainda forçado duas mulheres a receberem tatuagens em seus corpos com as iniciais dele.
Thiago Brennand deixou o Brasil no último dia 4 de setembro, depois que o MPSP o denunciou por agressão a uma mulher em uma academia em São Paulo. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (16) pelo portal G1.
Os casos de violência teriam acontecido desde 2021 e também durante este ano na cidade de Porto Feliz, interior paulista, onde o empresário mora. As denúncias foram encaminhadas à Promotoria na capital paulista e ao Ministério Público em Porto Feliz pelos advogados das vítimas.
A Promotoria deve apurar, além dos estupros, as denúncias de cárcere privado, maus-tratos e lesão corporal contra as mulheres. Thiago Brennand já era réu na Justiça pelos crimes de lesão corporal e corrupção de menores por ter sido acusado pelo MP de agredir uma mulher numa academia na capital paulista e incentivar o filho dele menor de idade a ofendê-la. Esse caso foi revelado pelo programa Fantástico, da TV Globo. Depois que a reportagem foi ao ar, outras vítimas denunciarem o empresário por agressão.
Empresário foi intimado a voltar para o Brasil
A Justiça de São Paulo obrigou Thiago a retornar ao Brasil num prazo de dez dias, que expira em 23 de setembro. Os advogados do empresário contestaram a intimação mas a Justiça manteve a decisão. A defesa de Thiago Brennand nega as acusações de que seu cliente cometeu violência contra as mulheres.
A Justiça também proibiu o empresário de frequentar academias, se aproximar de testemunhas e o obrigou a entregar o passaporte. Em caso de descumprimento das medidas cautelares o empresário poderá ter a prisão preventiva decretada.
A Polícia Civil também apreendeu 54 acessórios de armas de fogo na mansão do empresário. A defesa de Brennand diz que ele está à disposição da Justiça. Também afirma que, por causa do sigilo decretado no caso, irá se manifestar somente no processo.