Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) emitiu uma polêmica sentença em relação ao trabalho dos caminhoneiros no Brasil, afetando a hora trabalhada, assim como o descanso da categoria.
Confira mais informações sobre a situação ao longo desta matéria.
OS CAMINHONEIROS ESTÃO PARANDO? VEJA OS PONTOS DA DECISÃO DO STF QUE ESTÃO FAZENDO A CATEGORIA FICAR DESCONTENTE
No julgamento do STF sobre demandas dos caminhoneiros que aconteceu nos últimos dias, alguns trechos foram reprovados.
As solicitações eram relacionadas ao tempo da jornada de trabalho, bem como ao seu horário de descanso.
Confira mais detalhes do que os caminhoneiros não poderão fazer de acordo com a decisão do STF abaixo:
- Dividir o período mínimo de descanso, que é de 11 horas ininterruptas dentro de 24 horas de trabalho;
- Somar como tempo de descanso o período de parada obrigatória para carga e descarga ou em pontos de fiscalização nas estradas;
- Acumular o tempo de descanso semanal, que é de 35 horas a cada seis dias;
- Realizar o "descanso em movimento", quando outro motorista estiver revezando a direção.
O exame toxicológico para motoristas profissionais foi mantido da forma como esteve até agora.
ESTÁ TENDO PARALISAÇÃO DOS CAMINHONEIROS? ENTENDA COMO ESTÁ A SITUAÇÃO
Conforme apuração do Estado de Minas, os caminhoneiros mineiros aprovaram um estado de greve na última sexta-feira (5).
É essencial destacar que, neste estágio da reivindicação, as atividades não são paralisadas e o transporte continua operando normalmente.
A movimentação foi aprovada pelo Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivado de Petróleo (Sinditanque), logo após a polêmica decisão já citada do Supremo Tribunal Federal.
Segundo o presidente do sindicato, Irani Gomes, as mudanças na rotina devem levar a elevação do valor dos fretes, gerando assim um enorme problema financeiro para o transporte de combustíveis:
"Se essas mudanças na Lei dos Caminhoneiros não forem revistas, os preços do frete vão disparar no país e inviabilizar o transporte de cargas, pois o Brasil não tem infraestrutura para cumprir com tais exigências de descanso", afirmou.
"Caso nenhuma medida seja tomada nos próximos dias, podemos suspender as atividades em todo o país por tempo indeterminado a qualquer momento", concluiu.