A Livraria Saraiva promoveu, nesta quarta-feira (20), uma demissão em massa e desligou todos os seus funcionários das últimas cinco lojas físicas que ainda estavam em funcionamento no Brasil - quatro em São Paulo e uma no Mato Grosso do Sul. Com isso, a partir desta quinta-feira (21), em empresa só vai atuar apenas na internet, com o site ainda ficando no ar para o recebimento e envio de pedidos.
Vale salientar que, no mês de junho, a Saraiva já tinha fechado cerca de 30 unidades espalhadas pelo País, além de vir em processo de recuperação judicial desde o final de 2018, com uma dívida de mais de meio bilhão de reais - estima-se algo próximo a R$ 675 milhões.
Diante disso, segundo testemunhos de funcionários dados ao portal PublishNews, eles estão sendo desligados sem ter acesso as verbas rescisórias. Ou seja, a empresa não está arcando sequer com os compromissos trabalhistas dos colaboradores, que terão de buscar seus direitos na justiça.
A expectativa é que a direção da Livraria Saraiva divulgue, nos próximos dias, um comunicado se posicionando a cerca da situação, até para que possa informar ao mercado e aos ex-colaboradores sobre o futuro da companhia.
Em meio a crise da empresa, os acionistas da Livraria Saraiva devem se reunir em Assembleia Geral Especial de Preferencialistas nesta sexta-feira (22) para discutir a respeito de uma mudança no controle da companhia. A tendência é que as ações preferenciais (sem voto) sejam transformadas em ações ordinárias (com voto). Com isso, o controle da empresa, que hoje é da família Saraiva, seja repassado os principais acionistas preferenciais.