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Alexandre de Moraes ameaça suspender X se Musk não nomear novo representante da rede no Brasil

A decisão foi publicada na conta do STF na própria rede social, antigo Twitter, e foram marcados os nomes de usuários de Musk e da empresa

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AFP

Publicado em 29/08/2024 às 6:48
Bilionário Elon Musk e o Ministro Alexandre de Moraes - Etienne Laurent/AFP e Fellipe Sampaio /SCO/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ordenou nesta quarta-feira (28) ao bilionário Elon Musk que nomeie em 24 horas um novo representante de sua rede social X no Brasil, sob pena de suspensão da plataforma no país.

Moraes intimou Musk a determinar a indicação, "no prazo de 24 horas, do nome e qualificação do novo representante legal da X Brasil em território nacional".

A decisão foi publicada na conta do STF na própria rede social, antigo Twitter, e foram marcados os nomes de usuários de Musk e da empresa.

O não cumprimento levaria à "imediata suspensão das atividades da rede social" no Brasil, acrescentou.

Rapidamente, a hashtag "O TWITTER MORREU" se tornou viral no X.

Musk, fundador também da Tesla e da SpaceX, acusou no dia 19 de agosto Moraes, a quem chamou de "ditador", de ameaçar com prisão seus funcionários, e anunciou o fechamento imediato das operações do X no Brasil.

A empresa disse na época que fechava suas operações no Brasil devido às ações do ministro, mas mantinha o serviço disponível para os brasileiros.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a decisão do X.Nos últimos anos, a empresa tem mantido uma disputa com o Supremo.

Moraes ordenou o bloqueio de contas de figuras influentes dos movimentos ultraconservadores do país, principalmente desde as tentativas dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, admirador de Musk, de desacreditar o sistema de votação eletrônica durante as eleições presidenciais vencidas por Lula.

Em abril, o X admitiu que os usuários de várias contas bloqueadas haviam conseguido contornar as restrições.

Musk acusa Moraes de querer "censurar" a plataforma.

O magnata também é alvo de uma investigação da Justiça contra "milícias digitais", que aponta o suposto uso ilegal de recursos públicos por Bolsonaro e seu círculo íntimo para orquestrar campanhas de desinformação na internet durante seu mandato (2019-2022).

 

 

 

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