O governo de Pernambuco pediu à população que tenha bom senso na hora de decidir entrar no mar das praias do litoral do Estado que, em algum momento, foram atingidas pelas manchas de petróleo. Se o cidadão identificar resíduos da substância na água ou na areia, deverá evitar o uso. Caso não visualize, a recreação está liberada, mesmo que a praia conste da relação de balneários que foram atingidos pelo óleo. A recomendação foi dada na tarde deste sábado (26), durante coletiva de imprensa na Secretaria de Ciências, Tecnologia e Inovação (SECTI), no Bairro do Recife, área central da capital, e é uma orientação diferente da que foi dada pela Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH) na noite de sexta (25) e que apontava 18 praias que apareceram óleo como impróprias para banho.
A nova recomendação, dada um dia após a orientação repassada por representantes do governo, é para evitar que as praias deixem de ser utilizadas desnecessariamente porque o óleo já se dispersou, impactando no turismo e comércio locais.
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Seguindo o protocolo
O governo do Estado explicou que a identificação do óleo nas praias é algo muito inconstante, que muda de um dia para o outro. E, ao mesmo tempo, a Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH) é obrigada a seguir os protocolos previstos na Resolução 274/2000 do Conselho Nacional do Meio ambiente (Conama), que exige que a avaliação de balneabilidade das praias tenham validade semanal. “Ou seja, o processo de limpeza das praias é muito dinâmico e, por isso, a classificação oficial não consegue acompanhar o ritmo. Há praias que no dia da coleta para análise estavam contaminadas pelo óleo e, no dia seguinte, já não estavam. Por isso estamos pedindo à população que faça a verificação antes de utilizar a praia. Se houver sinais de óleo na água ou na areia, evite a recreação. Caso contrário, pode sim usar”, explicou o diretor de Fontes Poluidoras da CPRH, Eduardo Elvino.
Para se orientar sobre as praias contaminadas e ter uma informação atualizada, o Estado recomenda que as pessoas acessem as redes sociais do governo, que estão sendo alimentadas com as informações obtidas a partir dos três sobrevoos realizados diariamente por helicópteros da Secretaria de Defesa Social (SDS) e do Ibama nas praias do litoral pernambucano. Os sobrevoos acontecem às 6h30, às 12h e às 17h30. Além dos sobrevoos, há 12 equipes monitorando os locais por terra e quatro embarcações da Marinha do Brasil e de três empresas contratadas pelo Estado realizando as verificações a 16 e 5 quilômetros da costa.