DESASTRE AMBIENTAL

Óleo nas praias: ministro do Turismo vem a Pernambuco avaliar consequências do desastre

Nesta sexta-feira (25), o ministro Marcelo Álvaro Antônio estará em Ipojuca para visitar os principais pontos afetados e se reunir com representantes locais

JC Online
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Publicado em 23/10/2019 às 16:57
Foto: Prefeitura de Tamandaré / ASCOM
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O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, vem ao Estado nesta sexta-feira (25) para avaliar consequências do desastre do óleo que atinge praias de Pernambuco. Ele visitará os principais pontos afetados em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR), e se reunirá com representantes locais.

Na manhã desta quarta-feira (23), o ministro recebeu o secretário de Turismo de Pernambuco, Rodrigo Novaes, e representantes do trade turístico do Litoral Sul. De acordo com o Ministério do Turismo, o intuito foi ouvir sobre os impactos causados e articular estratégias e ações que possam minimizar o ocorrido.

O secretário estadual de Turismo informou que a expectativa é de que o ministro anuncie durante a visita uma parceria com o governo estadual para promoção do Litoral Sul. 

"Ele deve anunciar investimentos em publicidade e promoção para que a gente possa informar a todo o País que não há risco de contaminação", explicou Rodrigo Novaes.

Desastre ambiental em Pernambuco

Até essa terça-feira (22), já tinham sido recolhidas 489 toneladas de resíduos de petróleo. A maior concentração das manchas estava sendo registrada na praia de Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho, Grande Recife.

Nesta quarta-feira (23), o óleo avançou na Região Metropolitana do Recife (RMR) e atingiu as praias de Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes, e Janga, em Paulista. Desde o dia 17 de outubro, ocorrências de manchas de óleo foram registradas também nas praias dos municípios de São José da Coroa Grande, Barreiros, Tamandaré, Rio Formoso, Sirinhaém e Ipojuca. Todo o material recolhido pelas equipes está sendo acondicionado em caixas estacionárias, distribuídas nas cidades atingidas. 

A Defesa Nacional reconheceu situação de emergência no município de São José da Coroa Grande, Litoral Sul de Pernambuco, por conta do derramamento do óleo no mar, nesta terça-feira (23). 

Em todo o litoral nordestino, até essa terça-feira (21), foram recolhidas 900 toneladas de óleo.

Foto: Arnaldo Carvalho/JC Imagem
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População auxilia na retirada de óleo em São José da Coroa Grande; cerca de 200 pessoas trabalham - Foto: Arnaldo Carvalho/JC Imagem
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População auxilia na retirada de óleo em São José da Coroa Grande; cerca de 200 pessoas trabalham - Foto: Arnaldo Carvalho/JC Imagem
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Cerca de 200 pessoas, entre voluntários, funcionários da prefeitura e marinheiros trabalham no local - Foto: Arnaldo Carvalho/JC Imagem
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Cerca de 200 pessoas, entre voluntários, funcionários da prefeitura e marinheiros trabalham no local - Foto: Arnaldo Carvalho/JC Imagem
Foto: Bruno Campos/JC Imagem
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Em Carneiros, população se desdobra para retirar óleo da praia. Material apareceu na manhã de sexta - Foto: Bruno Campos/JC Imagem
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Em Carneiros, população se desdobra para retirar óleo da praia. Material apareceu na manhã de sexta - Foto: Bruno Campos/JC Imagem
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Em Carneiros, população se desdobra para retirar óleo - Foto: Bruno Campos/JC Imagem
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Prefeitura, Secretarias de Infraestrutura e Meio Ambiente e a Defesa Civil, retiram o material - Foto: Prefeitura de Tamandaré / ASCOM
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O óleo já havia sido encontrado na região através de vestígios, mas reapareceu de forma mais intensa - Foto: Prefeitura de Tamandaré / ASCOM
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A praia é uma das mais procuradas em Pernambuco - Foto: Prefeitura de Tamandaré / ASCOM
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A informação foi confirmada pelo Secretário de Meio Ambiente da cidade, Manuel Pedrosa - Foto: Prefeitura de Tamandaré / ASCOM

O vice-reitor da Universidade Federal de Pernambuco e professor do Departamento de Oceanografia da instituição, Moacyr Araújo, disse que ainda é possível chegar mais óleo em Pernambuco. A declaração foi dada durante coletiva no Palácio do Campo das Princesas, área central do Recife, nesta quarta-feira (23).

Por conta do aparecimento de óleo nas praias do litoral nordestino, o Governo de Pernambuco irá lançar, em alguns dias, um edital para financiar pesquisas voltadas para o desastre ambiental que atinge o estado desde o início de setembro.

Vice-reitor da UFPE alerta: ''vem mais óleo por aí''

O vice-reitor da Universidade Federal de Pernambuco e professor do Departamento de Oceanografia da instituição, Moacyr Araújo, disse que ainda é possível chegar mais óleo em Pernambuco. A declaração foi dada durante coletiva no Palácio do Campo das Princesas, área central do Recife, nesta quarta-feira (23).

Por que a movimentação do óleo é imprevisível?

O ineditismo do desastre ambiental que vem trazendo vestígios de petróleo cru às praias do Nordeste brasileiro e, de forma ainda mais intensa, ao Litoral Sul pernambucano, trazem questionamentos ainda sem respostas aos melhores cientistas e técnicos do país. Até o momento sabe-se apenas que a origem do material é da Venezuela, mas de onde ele vem ainda é um mistério. Além disso, os próximos caminhos a serem percorridos pelo poluente ainda são imprevisíveis.

Não há espaço para afirmações vazias e simplistas. É o que explica o presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim. “Manifestações do tipo: 'está acabando' ou 'está apenas começando' não são fundadas em nenhuma base técnica, porque a gente não tem a origem do óleo. Não tem a volumetria desse óleo. Está muito errático, não tem modelo para isso. Uma situação inédita”, disse.

Doações e voluntariado

A cada dia, a rede de solidariedade em torno do combate ao óleo que atinge o litoral do Estado aumenta. Do boca a boca às redes sociais, pernambucanos têm se mobilizado para ir a campo, limpar as praias afetadas e arrecadar as doações necessárias para o trabalho dos voluntários. Veja como fazer doações e ajudar voluntários.

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