Estado nega corte de verbas para Universidade de Pernambuco

Orçamento da instituição será de R$ 25 milhões, R$ 600 mil a mais do que no ano passado
Da editoria de Cidades
Publicado em 21/05/2015 às 8:39
Orçamento da instituição será de R$ 25 milhões, R$ 600 mil a mais do que no ano passado Foto: Foto: Ricardo Labastier/JC Imagem


Após protesto de professores, servidores e estudantes da Universidade de Pernambuco (UPE) no Centro do Recife, na manhã desta quarta-feira (20), o governo do Estado garantiu que não haverá cortes na verba de custeio. O orçamento para manutenção da instituição em 2015, que até o fim da tarde de terça-feira não estava definido, foi anunciado ontem que será de R$ 25 milhões, R$ 600 mil a mais do que no ano passado.


“Ajustamos o orçamento em reunião ontem (na terça-feira 19) à noite. É um ano difícil, por isso não houve aumento significativo. Vai dar para manter os serviços que já oferecemos. Em 2015, não teremos investimentos maiores, como os de requalificação de prédios antigos. O Estado também liberou R$ 4,4 milhões para construção das unidades de Serra Talhada (Sertão) e Caruaru (Agreste)”, afirma o reitor da universidade, Pedro Falcão.


Representantes de professores e servidores avaliaram a notícia de que não haverá corte como positiva, mas ainda cobram respostas a reivindicações entregues em documento à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação. Entre os pontos levantados estão: melhoria da infraestrutura nos centros de ensino, mais assistência estudantil (como instalação de restaurantes universitários), concurso público e reestruturação do Plano de Cargos e Carreiras (PCC).


“O anúncio de que não haverá cortes é ótimo, mas vamos continuar acompanhando para garantir que o prometido aconteça. Ainda há outros problemas a serem resolvidos”, afirma o presidente da Associação dos Docentes da UPE (Adupe), Sérgio Galdino. O presidente do Sindicato dos Servidores da UPE (Sindupe), José Rosa, reafirma o posicionamento. “Atualmente, há um déficit de quase mil servidores nos hospitais e centros de ensino. Ocorre sobrecarga de trabalho. Vamos marcar reunião com a reitoria e a secretaria responsável para discutir a pauta”, relata.

Indignadas com a situação da instituição, centenas de pessoas compareceram ao protesto, usando nariz de palhaço e carregando faixas e cartazes. Os manifestantes saíram do Hospital Oswaldo Cruz, em Santo Amaro (área central), e seguiram até o Palácio do Campo das Princesas, no bairro de Santo Antônio (Centro do Recife). Durante a caminhada, os participantes pararam e sentaram no chão, gritando “Vamos sentar, mas que besteira. A UPE não tem cadeira”.

Nesta quinta-feira (21), servidores, professores e alunos se reúnem em assembleia na Faculdade de Ciências Médicas, em Santo Amaro, às 10h. Eles discutirão os rumos do movimento. Após paralisação de 24 horas, as aulas e os serviços dos hospitais universitários voltam ao normal também nesta quinta-feira.

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