Os professores da rede estadual de ensino em Pernambuco retomaram a greve a partir desta sexta-feira (29). A nova suspensão das atividades foi decidida durante assembleia do Sindicato dos Trabalhadores de Educação em Pernambuco (Sintepe) realizada no último dia 21 de maio. O complexo educacional IEP, localizado na Rua do Hospício, no centro do Recife, por exemplo, amanheceu com os portões fechados e não há movimento de estudantes ou professores. A categoria passou 24 dias paralisada entre os meses de abril e maio.
A categoria reivindica o aumento de 13,1% para os quase 50 mil docentes. Na terça-feira (26), o Governo do Estado aprovou a primeira das três progressões automáticas previstas, somando 7,01% de aumento para os professores e 6,12% para analistas e quadro administrativo até o final do ano. No entanto, a proposta foi rejeitada pelo Sintepe.
Os docentes voltam a se reunir nesta sexta (29) em assembleia, na Rua da Aurora, área central do Recife, em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Eles pretendem sair em passeata após o encontro. A Secretaria de Administração informou que o Governo do Estado ainda não se posicionou sobre a greve.
Também faz parte da pauta de reivindicação a contratação de pessoa, segundo o presidente do Sintepe, Fernando Melo. "Atualmente nós temos quase 17 mil e 500 contratos temporários na rede e estamos cobrando há muito tempo a realização de concursos públicos. Lamentamos que o próximo concurso seja de apenas 3 mil vagas, uma vez que temos mais de 17 mil cargos", explicou.
"Nós temos um planejamento de trabalho para, ao longo dos próximos quatro anos, substituir os professores temporários. Não é possível realizar um concurso para contratar 10 mil docentes, então nós vamos fazer por etapas. Neste primeiro momento, ainda em 2015, será aberto um concurso para 3 mil professores.