Setenta anos atrás, em setembro de 1945, acabava a Segunda Guerra Mundial, conflito militar que durou seis anos e resultou na morte de milhares de pessoas mundo afora. O combate pode ser tema de questões da prova de ciências humanas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A avaliação, que substitui o vestibular de centenas de universidades públicas como a UFPE, UFRPE, UPE e Univasf, será realizada em todo o País nos dias 24 e 25 de outubro.
História, geografia, filosofia e sociologia são as disciplinas cobradas no teste de ciências humanas, respondido pelos candidatos no primeiro dia do exame. Os feras também encaram a prova de ciências da natureza, com questões de química, física e biologia. No segundo dia são realizados testes de matemática, linguagem e redação.
“Ano passado foi o centenário da Primeira Guerra Mundial. Caiu uma questão no Enem, a única inclusive de história contemporânea. Não dá para prever o que vai ser abordado este ano, mas sugiro aos vestibulandos que revisem com atenção a Segunda Guerra Mundial e o que ela significou para o mundo”, diz o professor de história Elias Nascimento, do Colégio Santa Maria, localizado em Boa Viagem, Zona Sul do Recife.
Dois fatos relacionados é o nazi-facismo e a Guerra Fria. “No final da Segunda Guerra são realizadas conferências de paz entre as potências aliadas. Houve a Conferência de Teerã, no Irã, em 1943. Depois a Conferência de Yalta, na Criméia, em fevereiro de 1945. E a de Potsdã, na Alemanha, entre julho e agosto de 1945. Nesses três encontros, as propostas debatidas entre ingleses, americanos e russos são o embrião da Guerra Fria. Nessas conferências já havia uma possível divisão do mundo em áreas de influência entre os Estados Unidos e a União Soviética”, explica Elias Nascimento.
O professor recomenda aos estudantes que também fiquem atentos à crise mundial que agora afeta o Brasil. “Essa crise, que começou em 2008 e é considerada por alguns especialistas como a segunda maior da história do capitalismo, atingiu em cheio o Brasil este ano. A China, que estava crescendo entre 8% e 12%, deve ficar com crescimento abaixo dos 7% em 2015. Pode cair sim uma questão no Enem sobre esse cenário, relacionando à crise de 1929”, enfatiza Elias.
Fera de direito e aluna do Colégio Santa Maria, Marina Araújo, 17 anos, está afiada em história. “É uma das disciplinas que mais estudei. Gosto das questões do Enem porque o contexto histórico faz um contraponto com a atualidade”, ressalta a estudante.