As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terminam nesta sexta-feira, às 23h59. Até as 15h de quinta-feira (18), 5.396.879 de pessoas em todo o Brasil já tinham se inscrito. A última atualização, prevista para as 19h, não aconteceu até as 22h30. A expectativa do Ministério da Educação (MEC) é de que sete milhões de pessoas façam o teste, marcado para os dias 9 e 12 de novembro.
Na Escola de Referência Desembargador Renato Fonseca, no bairro de Jardim Brasil I, em Olinda, Grande Recife, apenas dois dos 82 alunos do terceiro ano do ensino médio ainda não tinham feito a inscrição para o exame até a manhã de ontem. Um deles era Carlos Henrique da Silva, 17 anos. Ele conta que, por causa dos estudos e trabalhos, acabou esquecendo o prazo. A inscrição começou no dia 8 de maio. Mas ele ainda tem tempo, e a coordenadora pedagógica da escola, Karina Santos, orientou a fazer o cadastro na própria escola.
Carlos Henrique quer tentar uma vaga para o curso de medicina, mas direito também está entre as suas opções, pois é uma profissão que já vem de família. “Minha mãe fez, mas não exerce, meu irmão começou a cursar, mas mudou para marketing. Eu seria o único a fazer medicina, caso eu passe”, disse.
Para auxiliar os estudantes no preenchimento do passo a passo da inscrição, professores se organizaram e ajudam a fazer o cadastro na própria unidade de ensino. “Nós fizemos uma força-tarefa para inscrever os alunos. Um ajudando o outro a preencher os pedidos na hora da inscrição, aqui mesmo na escola, no laboratório de informática”, disse Karina Santos. “Nossa meta é que 100% dos nossos estudantes façam as provas”, afirmou Ruy Parahyba, também coordenador pedagógico.
Alunos do terceiro ano da Escola de Referência Desembargador Renato Fonseca, Anderson Paulo de Oliveira, 16, e Sarah Luiza Soares, 17, garantiram a inscrição logo no primeiro dia (8), tamanha era a ansiedade. Ele pretende fazer engenharia de produção. Ela sonha ser fisioterapeuta. “Eu sempre me interessei pela área de saúde e pesquisava sobre as profissões. Acompanhava meu tio nas sessões de fisioterapia e comecei a gostar”, relembrou Sarah.
Os três querem uma vaga em universidade pública, mas não descartam tentar as faculdades particulares por meio do Prouni. “Já corri atrás de uma universidade privada, também para engenharia de produção. Seria uma plano C. Meu sonho é a UFPE, mas a gente tem que se preparar para tudo”, registrou Anderson.
“Caso eu não consiga aqui em Pernambuco, vou tentar o Sisu para fazer fisioterapia no Rio de Janeiro. Tenho alguns parentes lá e eles podem me receber”, relatou Sarah. “Quero entrar numa pública. Se não conseguir agora, vou ficar tentando”, garantiu Carlos.