O Parque Científico e Cultural do Jiquiá, no Jiquiá, na Zona Oeste do Recife, vai ganhar aparatos de entretenimento e educação como planetário e Museu da Ciência. As ações foram divulgadas em solenidade que acontece na manhã desta sexta-feira (16), marcada pela assinatura da ordem de serviço da construção da primeira etapa do parque.
A implantação dos dois equipamentos astronômicos está sob responsabilidade do físico e astrônomo Antônio Carlos Miranda, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). O professor disponibilizou, para a cerimônia desta sexta-feira, dois telescópios para a observação de manchas solares. Os instrumentos atrairam muito a atenção dos presentes.
Segundo o professor Antônio Carlos, as manchas solares foram observadas pela primeira vez em 1610, por Galileu Galilei. "O sol, como toda estrela, é uma esfera de gás que sofre erupções na superfície. Essas erupções, vistas da Terra, aparecem em forma de manchas. Estudar esses movimentos nos ajudam a entender melhor como funciona o campo magnético do Sol e a variação do plasma solar, que é a matéria que o compõe", explicou o astrônomo.
Outro museu que também vai fazer parte do parque é o Museu do Zeppelin, em homenagem à torre de atracamento de dirigíveis que existe no local. A torre - que foi construída em 1930 e é a única ainda existente no mundo - vai passar por uma reforma, seguindo os critérios de seu projeto arquitetônico original, e se transformará em memorial.
A revitalização do monumento deve ser feita por 25 jovens moradores da região do Jiquiá, após participarem de capacitação em restauro. Além disso, arqueólogos farão análises nos arredores da torre em busca de objetos históricos. Os artefatos encontrados estarão expostos no futuro museu.
Alguns paiois - espécie de fortificação militar - existentes no local, que foram construídos na 2ª Guerra Mundial, serão restaurados e também vão virar atrativo. O parque também vai contar com relógio do sol, escola ambiental e um viveiro de mudas de plantas.