Flanelinhas serão cadastrados pela prefeitura, mas pagamento continuará opcional

Critérios e prazos deverão constar em projeto a ser apresentado ao Ministério Público em até 30 dias
Do JC Online
Publicado em 10/12/2014 às 20:09
Critérios e prazos deverão constar em projeto a ser apresentado ao Ministério Público em até 30 dias Foto: Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem


Com o objetivo de identificar os guardadores de carro em atuação na cidade e coibir ações irregulares praticadas por alguns deles contra a população, a Prefeitura do Recife vai cadastrá-los. Um projeto detalhado, com critérios e datas da medida,deverá ser apresentado ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) em até 30 dias. E o cadastramento deverá ser iniciado em até 45 dias, conforme acordado, na manhã desta quarta-feira, em  audiência convocada pela promotora de Defesa da Cidadania, Áurea Vieira, que aconteceu na Sede das Promotorias da Capital, no bairro da Boa Vista, área central.

De forma experimental, um projeto-piloto será desenvolvido para implantação no bairro do Recife por um grupo de trabalho da prefeitura e Governo do Estado, que já se reuniu nesta tarde. Ele envolve as secretarias de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc), de Segurança Urbana (Seseg), Desenvolvimento Social e Direitos Humanos e Turismo e Lazer, e ainda as polícias Civil e Militar. Conforme a prefeitura, a opção de gratificar os flanelinhas pelo serviço ofertado é única e exclusivamente do cidadão. Não haverá um valor instituído a ser cobrado.

O primeiro passo para identificá-los será o credenciamento. No ato da inscrição ele será fotografado e precisará entregar RG, CPF e comprovante de residência. É necessário ter mais de 18 anos para receber a credencial. Em janeiro de 2015, os aprovados receberão um crachá intransferível e de porte obrigatório. Isso vai facilitar a identificação do guardador, tanto para a população quanto para o poder público, em caso de conduta abusiva, como extorsão e danos materiais. A suspensão e a perda do cadastro serão aplicadas em caso de conduta inadequada.

“Já passei por muitas situações ruins com flanelinhas. Nenhum lhe espera até o final da festa. Alguns lhe xingam se você der um valor que considerem baixo. Já houve até um que em vez de me dar o troco fugiu com o dinheiro. Não vejo como essa ação pode funcionar”, avalia o cirurgião-dentista Ipojucan Lima, 34 anos.

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