A Capitania dos Portos de Pernambuco (CPPE) abriu inquérito para investigar o acidente com a lancha de passeio ''Brisa'', que foi atingida por incêndio na tarde deste sábado, no Rio Timbó, em Maria Farinha, município de Paulista, na Região Metropolitana do Recife. O prazo para conclusão das investigações sobre o que aconteceu e o que pode ter provocado o acidente é de 90 dias. Segundo a CPPE, havia oito pessoas a bordo da embarcação. Seis delas ficaram feridas.
Uma equipe de inspeção naval foi enviada ao local para apurar o acidente. Neste domingo (22), será realizada uma perícia. Após o incêndio, a embarcação afundou e ficou encalhada, mas foi retirada da área navegável. Segundo nota enviada pela Capitania dos Portos, a lancha estava com a documentação regularizada. "Com 8,90m de comprimento, a lancha poderia conduzir até 11 passageiros e mais um tripulante. Por meio de seus dados cadastrais, foi verificado que a embarcação está com o seguro em dia, bem como está inscrita na CPPE desde fevereiro de 2004. Sua documentação encontra-se regularizada e o condutor possuía habilitação adequada e dentro do prazo de validade."
Os ocupantes da embarcação foram socorridos pelos Bombeiros e encaminhados para os hospitais São Marcos e da Restauração, no Recife, e Miguel Arraes, em Paulista. Os ferimentos foram leves e apenas quatro das seis vítimas permaneciam internadas com queimaduras de 2º e 3º graus pelo corpo até as 19h deste sábado. Segundo informações de pessoas que viram o acidente e parentes dos feridos, a embarcação apresentou falha no motor e pegou fogo. Os ocupantes se jogaram na água e foram socorridos por populares.
Quatro vítimas deram entrada no Hospital da Restauração, no Derby, e duas no Hospital São Marcos, na Ilha do Leite, ambos no Recife. As quatro pessoas atendidas pela unidade de queimados do HR estão conscientes, sem indicativo de cirurgia e passam bem, segundo informações da assessoria de imprensa. André José Malta Medeiros, 47 anos, e Juliana Ferreira Brito, 36, tiveram queimaduras em 50% do corpo. Já Lúcia Amélia Malta Cavalcanti, de 51 anos, e Dayse Malta Medeiros, 58, tiveram menos de 30% do corpo queimado. As duas pessoas encaminhadas para o Hospital São Marcos tiveram as identidades preservadas pela família, que não quis se pronunciar sobre o acidente. Elas tinham queimaduras leves, foram atendidas e liberadas em seguida.
Familiares das vítimas que estavam no HR não quiseram se identificar e conversaram rapidamente com a reportagem. Garantiram que a lancha era nova e estava em bom estado de manutenção. Que tudo não passou de um acidente, sem necessidade de qualquer tipo de investigação policial.