Caso Artur Eugênio completa um ano

Segundo a Polícia, médico foi assassinado a mando de um colega de profissão
Felipe Vieira
Publicado em 12/05/2015 às 5:42
Segundo a Polícia, médico foi assassinado a mando de um colega de profissão Foto: Foto: Facebook


Até o final deste ano deverá ser realizado o juri relativo ao caso do médico Artur Eugênio de Azevedo Pereira. Há um ano, ele era encontrado morto às margens da BR-101 Sul, na comunidade de Comporta, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Foi assassinado com três tiros – todos à queima-roupa – em um dos crimes de maior repercussão no Estado nos últimos anos. O motivo seriam as divergências profissionais com outro médico, o também cirurgião Cláudio Amaro Gomes, 57 anos, com quem ele tinha trabalhado.

Dos cinco acusados pelo crime, quatro estão presos e um morreu. Cláudio Amaro e o filho dele, o bacharel em Direito Cláudio Júnior, 33 anos, estão no Centro de Triagem e Observação Professor Everardo Luna, em Abreu e Lima. Lyferson Barbosa da Silva, 27, e Jaílson Duarte César, 30, estão no Complexo Prisional do Curado, no bairro do Sancho, Zona Oeste. O quinto acusado, o ex-presidiário Flávio Braz de Souza, foi morto em fevereiro deste ano, após trocar tiros com policiais no Engenho Mambo, em Jaboatão. Em entrevista ao programa Conexão Repórter, do SBT, veiculada na noite do último domingo, Cláudio Júnior assumiu ter participação no que ele chama de “susto” a ser dado em Artur Eugênio. Ele, no entanto, nega ter ordenado o crime, jogando a culpa para Flávio, já morto

Cláudio Júnior disse ter contado a Flávio os problemas profissionais que Artur Eugênio teria com seu pai, e que o ex-presidiário teria se oferecido para “dar um susto” no jovem médico. O bacharel em Direito aparece nas imagens do circuito interno do Hospital do Câncer, indo até a sala onde trabalhava Artur, e depois entrando no carro que seria usado na abordagem ao médico, um Celta preto. O carro de Artur Azevedo foi interceptado em frente à casa dele, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, às 20h43 do dia 12 de maio de 2014. Depois disso, o médico foi achado morto na BR-101 Sul, e o veículo, carbonizado no bairro da Guabiraba, Zona Norte do Recife.

A Polícia encontrou impressões digitais de Cláudio Júnior em uma garrafa encontrada no local, e que teria sido usada para carregar o combustível utilizado na queima do carro de Artur. Os advogados do bacharel pediram análise da perícia da garrafa, cujo resultado deveria ter sido concluído até a última sexta-feira.

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