A Justiça Federal concedeu, sábado passado (23), a liminar solicitada pelo Ministério Público Federal para impedir a derrubada do pontilhão do trem em Gravatá e definiu multa diária de R$ 10 mil caso a prefeitura descumpra a decisão. A obra de demolição começou quinta-feira (21) e foi embargada na sexta (22). Mas o pontilhão, na área central da cidade, já foi destruído.
De acordo com a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), a pena aplicada à prefeitura pela destruição do pontilhão, um bem protegido por lei estadual, é refazer a ponte. O assunto será discutido em reunião esta semana, entre a instituição e os gestores da cidade, no Agreste, a 84 quilômetros do Recife.
Na vistoria realizada em Gravatá, segunda-feira passada (25), a Fundarpe encontrou o material resultante da demolição depositado num terreno próximo do pontilhão. “Contamos todas as peças e a prefeitura deverá monitorar a área para evitar roubo”, afirma Roberto Carneiro, técnico da Gerência de Preservação Cultural da Fundarpe.
A prefeitura terá de reconstituir a ponte usando esse material. O procurador do município, Antônio Saldanha, disse que a derrubada do pontilhão “atende a um anseio geral da população para melhorar a mobilidade da cidade.”