Ônibus podem voltar a paralisar nesta quarta

Os ônibus podem, mais uma vez, parar de circular pela Região Metropolitana do Recife nesta quarta-feira (5). Segundo a oposição ao Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, uma nova paralisação deve acontecer em protesto contra a  decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de suspender o reajuste salarial dos rodoviários. Liderada pelo ex-rodoviário Aldo Lima, a oposição divulgou um vídeo no Facebook para anunciar o movimento. Das 4 às 10h dessa segunda-feira (3), os coletivos não circularam pela RMR.

"Nesta terça-feira (4) iremos entregar, às 15h, na Praça da Independência, uma carta aberta à população questionando a falta de respeito que existe com os trabalhadores. Já na quarta, os funcionários vão cruzar os braços", explicou Aldo, que destacou que a paralisação acontecerá de modo semelhante ao da segunda (3). A previsão é de que 100% da frota permaneça nas garagens das 4h às 10h. Ao final da paralisação, uma nova reunião será realizada para definir os rumos da manifestação. 

No vídeo divulgado pela oposição, a advogada rebateu o dito pelo presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE), Fernando Bandeira, de que atualmente as empresas do Estado não têm como arcar com custos do aumento concedido pelo TRT. "As contas das empresas de ônibus não foram abertas para mostrar que eles não têm condições de pagar. Existe o programa de alimentação ao trabalhador, que dá isenção às empresas que participam desse programa de acordo com o valor pago aos trabalhos. Então, se existem programas de isenção para empresas, se existe a possibilidade econômica, recorrer gera sentimento de injustiça", afirmou Maria Rita.

Em nota divulgada nessa segunda, a Urbana-PE afirmou que a "decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) se deu dentro das regras legais e do uso democrático do processo, tendo respondido à solicitação, legal e legítima, de revisão dos percentuais de aumento concedidos este ano pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-6) por ocasião do julgamento do dissídio, face à total incapacidade do setor econômico de cumprir o que foi determinado".