Campanha Natal sem Fome arrecada alimentos para famílias pobres

Doações podem ser entregues na Estação Central do Metrô, na Jaqueira e no Parque de Exposições do Cordeiro
Margarida Azevedo
Publicado em 01/12/2015 às 7:15
Doações podem ser entregues na Estação Central do Metrô, na Jaqueira e no Parque de Exposições do Cordeiro Foto: Foto: Diego Nigro / JC Imagem


Arrumando uma gaveta, a professora Maria Sueli Félix, 60 anos, moradora de Carpina, na Zona da Mata pernambucana, encontrou roupas que o filho caçula, hoje um homem com 21 anos, usou quando criança. Apesar do apego à peças, resolveu doá-las para que outros meninos pudessem aproveitá-las. Ontem, quando veio ao Recife, levou o material para a campanha Natal sem Fome, organizada pela Ação da Cidadania Pernambuco Solidário, que fica no bairro do Cordeiro, Zona Oeste da cidade. E prometeu voltar para entregar cestas básicas.

O objetivo é que famílias pobres do Estado tenham o que comer pelo menos no Natal. “Ano passado foi quando houve menos doações, em duas décadas de campanha. Conseguimos arrecadar cerca de 50 toneladas de alimentos, quando em outros anos alcançávamos uma média de 200 toneladas”, lamenta o coordenador da Ação da Cidadania, Anselmo Monteiro.

“Acredito que este ano também não será fácil. Mas otimismo é a nossa marca. Esperamos contar com a solidariedade dos pernambucanos. Queremos chegar às 200 toneladas dos anos passados”, diz Anselmo. Em um cenário de crise econômica, o apelo é bastante significativo. “A seca está pior. No Sertão tem gente adoecendo e precisando de comida. Tentamos ajudar o maior número de pessoas, mas dependemos das doações”, observa Anselmo.



As primeiras chegaram sábado, após a celebração do Dia Nacional de Ação de Graças, que aconteceu no Recife Antigo. Embora o evento fosse gratuito, foram recolhidas seis toneladas de alimentos. Anselmo diz que a prioridade é levar alimentos para as pessoas carentes, mas doações de roupas, sapatos, livros e brinquedos são bem-vindas também.

“Recebemos os donativos e repassamos para quem precisa. Arroz, feijão, macarrão, fubá são mais práticos das pessoas doarem porque estão na prateleira”, comenta o coordenador da Ação da Cidadania. “Devemos repassar o que está sobrando. Temos que dar as mãos, principalmente nesse momento de crise. Minha filha passou em um concurso e prometeu doar cestas básicas”, diz Sueli.

Durante todo este mês a campanha está com três pontos de coleta: na Estação Central do Metrô, bairro de São José, área central do Recife (de 2ª à 6ª, das 9h às 17h); no Parque da Jaqueira, Zona Norte (sábados e domingos, das 9h às 16h); e na sede da entidade, no Cordeiro, que recebe doações o ano todo (diariamente, de domingo a domingo, das 9h às 17h).

“Temos uma kombi e podemos buscar os alimentos, desde que sejam no mínimo 50 quilos”, informa Anselmo. Domingo (6) haverá um ato ecumênico, no Parque Treze de Maio, em Santo Amaro, às 16h, quando as pessoas poderão levar alimentos. O mesmo evento acontecerá no dia 13, na Praça do Carmo, em Olinda, e no dia 26 na cidade de Águas Belas.

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