Após dois meses fechada para obras de restauração, a Igreja de Nossa Senhora da Assunção das Fronteiras, no bairro da Boa Vista, Centro do Recife, abriu as portas neste domingo (28). Os três altares e imagens de santos passaram por intervenção, orçada em R$ 900 mil. A obra valorizou ainda mais a edificação do século XVII, que serviu de lar para Dom Helder Camara por 31 anos e hoje abriga memorial em sua homenagem. Para marcar a ocasião, foi realizada uma missa, que contou com a presença de um boneco gigante de Dom Helder.
A última intervenção realizada no local foi em 2007. A igreja tem 360 anos e é considerada Patrimônio Histórico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Além de Dom Helder, outras personalidades visitaram o local, como Dom Pedro II e Luiz Gonzaga. “O espaço é importante do ponto de vista histórico, porque foi construída por Henrique Dias na época da invasão holandesa. Depois, Dom Pedro II concedeu o título de imperial capela à construção. Em 1968, Dom Helder veio morar na sacristia em um quarto sem janelas, com uma sala anexa onde recebia celebridades nacionais e internacionais”, afirma uma das integrantes do Conselho Curador do Instituto Dom Helder Camara, Bete Barbosa.
A intervenção foi patrocinada pelo Instituto de Desenvolvimento Humano e o banco Santander. A reabertura aconteceu no mês em que Dom Helder completaria 107 anos. Em sua homenagem, a igreja abriga o Memorial Dom Helder Camara e o Centro de Documentação. O visitante pode conferir as instalações bem preservadas do religioso, como a mesa onde escreveu várias de suas obras, além de acervo com peças, DVDs e fotos. O memorial está aberto de segunda a sexta-feira, das 13h às 17h. A entrada é gratuita.