Movimento pede atenção a pessoas em situação de rua no Recife

Grupo levou manequins e faixas pedindo a construção do abrigo institucional noturno
JC Online
Publicado em 22/05/2016 às 14:26
Grupo levou manequins e faixas pedindo a construção do abrigo institucional noturno Foto: Foto: Reprodução


Um grupo de amigos realizou uma intervenção durante a manhã deste domingo (22) no bairro do Recife, área central da cidade, para chamar atenção do poder executivo local para a situação das mais de mil pessoas que vivem em situação de rua na capital pernambucana.

O grupo, que também mantém um abaixo-assinado na internet, levou manequins e faixas para o Marco Zero pedindo a construção de um abrigo institucional noturno por parte do poder público.

De acordo com o abaixo-assinado promovido por Igor Sacha Cruz, a ideia surgiu após, em 2014, ele e outros amigos participarem de uam ação de entrega de alimentos a pessoas em situação de rua na área central do Recife e sentirem a necessidade de fazer mais pelas pessoas do que apenas alimentá-las naquele momento.

Na mesma publicação, Igor afirma que menos da metade da população em situação de rua na capital pernambucana são assistidas pelo Instituto de Serviço Scoail e Cidadania (IASC) da prefeitura. 

Cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte já têm adotado o abrigo, que oferece serviço de assistência social, duas refeições (jantar e café da manhã), pernoite segura e cursos de qualificação.

Ainda segundo Sacha, maioria das pessoas que estão na situação de rua sofrem problemas com drogas e com familiares.

Segundo dados de 2005 do Ministério do Desenvolvimento Social, há na capital pernambucana 1.390 pessoas sem teto. Para os ativistas, o número está defasado. "Esse abaixo assinado é para que a Prefeitura perceba que estamos todos aqui para exercer nossa cidadania e defender os direitos coletivos. Essa gestão não tem projeto, ações efetivas para as pessoas em situação de rua. Vamos continuar na luta. Este ato é apenas o ponto de partida", afirmou Sacha.

A Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos afirmou que novo senso foi encomendado para o segundo semestre, em parceria com a UFPE. Ainda de acordo com a pasta, a Prefeitura está buscando comprar um imóvel para sediar o abrigo, mas não há previsão de quando ele poderia ser concretizado.

 

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